Sheron Menezes contracena com artistas que há pouco não passavam de distantes celebridades para ela

Há dois anos, Sheron Menezes era mais uma aspirante a atriz que suspirava diante de seus ídolos da televisão. A tietagem era tanta que ela chegou a forrar as paredes do quarto com posters de artistas. Não por acaso, a bela negra de Porto Alegre se desmancha em sorrisos quando fala da oportunidade de trabalhar com Malu Mader, Cláudia Abreu, Fábio Assunção e Marcos Palmeira em Celebridade. Na novela de Gilberto Braga, Sheron encarna a apaixonada Iara, empregada da glamourosa Maria Clara Diniz, de Malu, que entrega os passos da patroa para o sedutor Marcos, malandro vivido por Márcio Garcia. “Minha vida mudou muito rápido nos últimos tempos. Sei que batalhei para estar na tevê, mas também tive sorte”, diz a morena de 20 anos e radiantes olhos cor de jabuticaba.

As mudanças de que fala a atriz começaram quando foi escolhida para viver a Júlia, de Esperança, no ano passado. A oportunidade na novela de Benedito Ruy Barbosa encerrou um período de três anos de sucessivos testes para produções globais. Já o papel em Celebridade foi, para Sheron, uma confirmação de que ela está no caminho certo. “Fiz teste para a personagem Jaqueline, que ficou com a Juliana Paes. Mas o Gilberto gostou de mim e me ofereceu o papel da Iara”, conta a atriz, que jura não se importar em viver outra serviçal. “Claro que não quero ser sempre a empregada, mas a Júlia e a Iara são diferentes… E, se até Suzana Vieira e Glória Pires fizeram, por que eu recusaria?”, compara – referindo-se à babá Nice, protagonista vivida pelas duas atrizes, respectivamente, na versão original e no “remake” de O Anjo Mau.

Segundo a atriz, a empregada de Maria Clara não conta os segredos da patroa por vilania, mas por pura ingenuidade. “Pelo menos é no que acredito. Pode ser que mais à frente eu veja que estava errada”, esquiva-se. Sheron adianta que sua personagem não é simplesmente uma boa moça apaixonada por um tipo malandro. Ela está envolvida num mistério que só virá à tona no meio da novela. “Também morro de curiosidade. Nem para mim o Gilberto diz o que é”, atiça, mordendo os lábios.

História

Na verdade, a própria história de Sheron renderia uma boa trama para Celebridade. É que antes de a filha nascer, dona Vera consultou uma numeróloga para dar a ela um nome “destinado ao sucesso”. O mesmo procedimento se repetiu com os irmãos mais novos de Sheron, Draiton, Shena e Dreison. “O nome era para ajudar em qualquer área. Mas é lógico que recebi todo o apoio da família para seguir carreira artística”, assume Sheron, que aos 12 anos já trabalhava como modelo. Formada pelo Teatro Escola de Porto Alegre, Sheron mudou-se para o Rio de Janeiro no início das gravações de Esperança, em 2002.

Mas se o nome realmente ajudou, não foi sem a dedicação da aspirante a estrela. Com 13 anos, Sheron conciliava uma peça de teatro e um show de dança em Montevidéu, no Uruguai. Dois anos depois, em 99, gravava a primeira fita-demo para o banco de atores da Globo. Em 2000, atuou em duas montagens de teatro amador e, em 2001, fez uma série de testes e trabalhos de figuração para cinema e tevê. Acabou faturando uma participação no longa O Homem Que Copiava, de Jorge Furtado. Mas a grande chance veio mesmo no início do ano passado, quando ganhou o papel da atrevida Júlia, de Esperança. “Fui gostando mais da profissão a cada trabalho, mas nunca sonhei com a fama pela fama”, garante a moça, sem escapar ao lugar-comum.

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