Sexualidade é a polêmica da vez no cinema

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Kinsey permanece uma figura controversa até os dias atuais.

Passa ano, vem ano, e falar de sexo continua sendo um tema polêmico, excepcionalmente quando tratado de forma natural e posto como uma necessidade humana, tal como o biólogo americano Alfred Kinsey fez entre os anos 40 e 50. Kinsey Vamos falar de sexo é uma das estréias desta semana nas salas de cinema em Curitiba.

Com as boas atuações de Liam Neeson (As bruxas de Salém, A lista de Schindler) como protagonista e Laura Linney (As bruxas de Salém, O óleo de Lorenzo) interpretando a companheira de Kinsey, o filme lembra a trajetória de um pesquisador que viveu muito à frente de seu tempo e, por isso, acabou sofrendo fortes restrições ao seu trabalho.

Vindo de uma família extremamente conservadora, ao atingir a adolescência Kinsey se rebela e passa a dedicar o tempo ao estudo de vespas; torna-se zoólogo formado em Harvard e vira professor de biologia pela Universidade de Indiana, onde conhece sua futura esposa, Clara McMillen (Laura Linney). Ao sofrer com as dificuldades da iniciação sexual, Alfred Kinsey se interessa pelo comportamento sexual da sociedade americana e se torna pesquisador do tema. Ao publicar o livro Sexual behavior in the human male (O comportamento sexual do homem), o pesquisador causa uma revolução social que no início lhe traz fama e depois passa a destruir sua vida se hoje o assunto causa certo constrangimento (…), na época a publicação de seu livro foi comparada a explosão de uma bomba atômica.

O método de pesquisa mais utilizado por Kinsey era a entrevista direta com pessoas sobre sua sexualidade. Entrevistando milhares de pessoas, ele desafiou o peso do silêncio e da vergonha de uma sociedade, questionando temas ainda mais polêmicos como a "fidelidade" e convívio sexual. Completando sua equipe de pesquisadores, Kinsey recruta uma equipe formada por Clyde Martin, interpretado por Peter Sarsgaard, Wardell Pomeroy (Chris O?Donnell) e Paul Gebhard (Timothy Hutton). A pesquisa de Kinsey sugeriu que entre 67% e 98% dos homens, dependendo da classe social, haviam feito sexo antes do casamento; 50% dos maridos tinham casos extraconjugais; 92% dos homens admitiram se masturbar e 37% dos homens norte-americanos haviam tido pelo menos uma experiência homossexual.

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