Os serviços de streaming de vídeo dominam cada vez mais a internet e passam a fazer parte do cotidiano das pessoas, que inserem em seu dia a dia plataformas como Netflix, Mubi, Oldflix e Crunchyroll. É o caso do designer de produtos Gusttavo Castro, 31, que há 7 meses cancelou sua assinatura de TV paga, ficando apenas com a Netflix. “Eu não sei o que é zapear. A nossa maneira de ver televisão mudou completamente depois da chegada desses serviços. Não é mais a mesma coisa. Agora gasto meu tempo escolhendo o que ver no cardápio”. Poupei uma verba legal do orçamento com algo que simplesmente não usava”, afirma o jovem.

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A Netflix, serviço de filmes e séries sob demanda pela web, é a campeã de audiência no Brasil. A empresa não informa números específicos no País, mas fechou 2014 com 13,8 milhões de usuários fora dos EUA, um aumento de 77% em relação ao mesmo período em 2013. Paralelamente a isso, as adesões de pacotes de TV por assinatura diminuíram consideravelmente. Segundo dados da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), houve um recuo de 4,3% nos assinantes de TV paga entre abril de 2015 e abril de 2016.

Para especialistas, o tráfego de dados pela internet no Brasil deve crescer quase três vezes de 2015 até 2020, quando pode superar a marca de 4,4 exabytes por mês. O número equivale a 2,6 vezes o registrado no ano passado, quando o total chegou a 1,7 exabyte – cada exabyte corresponde a 1 bilhão de gigabytes, o mesmo que 7 trilhões de vídeos do YouTube.

De acordo com estudiosos, mesmo sem nenhum número concreto que mostre a crescente evolução dos serviços de streaming de vídeo no Brasil, há, no entanto, uma alteração no comportamento do usuário.

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Para Fabricio Tamusiunas, gerente do sistema de medição de qualidade da Internet do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto (NIC.br), houve uma mudança no horário em que o internauta mais fica conectado. “Antes, o pico acontecia entre 9h e 18h. Hoje isso mudou. Temos o maior fluxo das 20h às 22h, ou seja, quando as pessoas já saíram do trabalho e estão em casa. Portanto, quando deveriam estar vendo TV, por exemplo, elas estão conectadas na internet”, diz ele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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