“O dia a dia do Ceará já é uma comédia por natureza. A vida é muito simples, estamos expostos à uma realidade onde a comédia é visceral, na urgência. Eu vivo no meio do humor a maior parte do meu tempo”. Pensando nisso, estreia nesta terça-feira (7) na Globo a série Cine Holliúdy, criada pelo cearense Halder Gomes, que também é o autor da frase acima, e marca o retorno do humor regional à TV brasileira, com trama uma trama que se passa justamente nessa região do Nordeste.
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A produção traz como protagonista um cabra desenrolado. Francisgleydisson (Edmilson Filho) tem uma sede de viver que faz jus ao calor da cidade. É dele a atração cultural mais apetrechada – e também a única – da cidade: Cine Holliúdy, lugar capaz de aglomerar o povo local em filas para assistir aos seus filmes, de beijo ou de peia. Acontece que as reviravoltas e o fator surpresa não são exclusividade dos filmes que ele exibe na telona e, quando menos espera, leva dois golpes no meio da fuça. Ou melhor: um no bolso e outro no peito.
Isso tudo provocado por Olegário (Matheus Nachtergaele), prefeito de Pitombas, onde Francis mora. Quem vê o mandachuva falar grosso no gabinete não imagina a doçura do cabra quando se dirige à nova esposa, importada diretamente de São Paulo. Maria do Socorro (Heloísa Perissé), ou “Currinha” para o apaixonado prefeito, chega a esse fim de mundo trazendo na bagagem a filha, Marylin (Letícia Colin), e o desejo de ser uma primeira-dama do futuro.
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Mas o que essa presepada toda tem a ver com Francisgleydisson? Pois é só a tal de Marylin chegar esvoaçando seus cabelos platinados e um nariz em pé de estrela de cinema que essa imagem bate direto no coração do cinemista. Até aí, não seria um grande problema para ele. Não fosse o fato de que é ela quem fica aperreada pedindo ao prefeito que trate de comprar uma televisão para se distrair enquanto sente saudades da cidade grande. Com medo de ser acusado de desvio de verbas, Olegário traz a televisão e a coloca em praça pública e a população, agora, só quer saber do romance das novelas, acabando com o negócio de Francis.
Já que o povo não quer mais saber dos filmes estrangeiros que Francis exibe no Cine Holliúdy, chega a hora de fazer suas próprias obras. Com ele, não tem essa história de roteiro, falas, planejamento… é tudo na base do improviso. Como recurso não é coisa que se tem em fartura, o moço tem de contar com a ajuda do seu sempre fiel amigo, Munízio, e de Marylin, já que ela é toda “ispilicute” e tem até nome de estrela, o que pode dar um charme a mais aos filmes. E aí que as verdadeiras aventuras e confusões começam na cidade de Pitombas.
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