Joyce Carvalho
Foi o tempo que sertanejo era apenas para o povão. Sérgio Reis, um dos ícones deste gênero, passou ontem por Curitiba para um show privado, no encerramento de uma grande feira que reuniu donos e diretores de supermercados de todo o País. Com esta plateia vip, o cantor mostrou mais uma vez o seu tradicional repertório, recheadas de músicas de raiz e canções conhecidas no Brasil inteiro. Quem nunca cantarolou Panela Velha ou Pinga ni Mim?
Sérgio Reis também aproveitou a feira para fazer negócio. Ele possui uma marca de carnes, a Pantaneira, com linhas bovina e suína. Ele não podia deixar a oportunidade passar para divulgar os produtos, que já estão nos supermercados pelo Brasil. A ideia é expandir para a região Sul. “A gente junta tudo. Pega supermercado, faz lançamento do produto com sessão de autógrafos”, conta o cantor sobre aliar a carreira musical com o papel de empresário.
Novo CD
Mas o foco de Sérgio Reis agora é o lançamento do novo CD, o que deve acontecer no próximo mês. Todas as faixas estão gravadas e as fotos para a capa já foram feitas. Basta escolher o título do álbum, que conta com 14 canções. “Tem músicas mais pra cima, como Casei porque bebi. Também tem uma faixa com a participação de Moacir Franco, na música Questão de tempo, muito bonita”, comenta. Agora começa a correria para lançar o CD e depois emendar um show no outro. “A gente tem que correr atrás. Não pode ter preguiça, não. Tem que trabalhar. Não é apenas festa”, salienta Reis. Ele ainda trabalha na gravação de um novo DVD com Renato Teixeira, para este ano.
Com toda sua experiência, Sérgio Reis pode avaliar o atual movimento da música sertaneja, especialmente o chamado sertanejo universitário. “Isto fortalece a música. Só toca sertanejo. Se é universitário ou não, é sertanejo. Muitas duplas tocam moda de viola. Esta é uma manutenção que eles estão dando”, avalia. O músico, nas suas andanças pelo Brasil, ressaltou que Curitiba e Manaus são duas das cidades que mais “consomem” música sertaneja.
Acidente
No ano passado, o cantor sofreu um grave acidente ao cair de um palco. Fraturou oito costelas, trincou nove vértebras e ainda machucou o ombro e o joelho. Ficou 90 dias parado somente se recuperando de todas as lesões. “O ombro às vezes dói um pouquinho. Começo a sentir quando vai chover”, brinca. “Mas a gente leva normal. Basta. ter cuidado”, declara Reis.