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‘Sem Fôlego’, um bonito folhetim em dois tempos

Em Sem Fôlego, Todd Haynes mostra sua criatividade ao construir uma história em dois tempos e depois alinhavar com elegância as duas narrativas. Em 1977, o garoto Ben (Oakes Fegley) fica surdo ao ser atingido por um raio. Em 1927 uma garota (Millicent Simmonds), surda de nascença, foge de casa para encontrar a mãe, uma atriz famosa (Julianne Moore).

Haynes faz a história dos anos 1970 em cores e a dos anos 1920 em preto e branco. Alterna uma com a outra, em alguns momentos de maneira bastante rápida. No começo, o espectador boia um pouco. Precisa ter paciência porque logo a história toda se esclarece e não oferece qualquer dificuldade para ser acompanhada. O que não quer dizer que não ofereça surpresas.

Muito pelo contrário. Tanto é assim que pouco se pode dela dizer sem estragar o prazer do público com spoilers. Às vezes o tom novelesco e o excesso de coincidências podem despertar suspeitas. Ok, mas o filme todo se propõe como uma espécie de folhetim. Consegue aliar inteligência e emoção.

Sem Fôlego/ Wonderstruck

(EUA. 2017, 117 min.)Dir. Todd Haynes. Com Oakes Fegley, Millicent Simmonds, Julianne Moore

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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