SBT em defesa das crianças

Como nos outros anos, a sexta edição do Teleton vai ser uma verdadeira maratona. O evento, que arrecada fundos para a AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente, vai ficar no ar por 24 horas seguidas. Sob o comando dos apresentadores do SBT, com Sílvio Santos à frente, além de Hebe Camargo, Gugu Liberato e Ratinho, entre outros, a idéia é tentar fazer o público simpatizar com a causa. O programa fica no ar a partir das 21h30 do dia 3 de outubro e termina no fim de noite do dia seguinte, quando deve ser atingida a meta de R$ 15 milhões. “A parceria é fundamental, pois o SBT tem ancorado todo o processo de divulgação”, valoriza Ângelo Franzão, diretor da AACD.

Para preencher as 24 horas, haverá uma mistura de entretenimento – com números musicais e jogos – e informação – com reportagens e documentários. O Hino Nacional, interpretado pela cantora Fafá de Belém, vai dar início ao programa. A partir daí, entram em ação os artistas convidados para convencer o público a fazer as doações – através de um telefone 0500, da internet ou de depósito bancário. Os convidados seguem a linha popular da emissora: os sertanejos Chitãozinho e Xororó, o grupo Rouge, as cantoras Ivete Sangalo e Luiza Possi e o roqueiro Supla, entre outros. O destaque fica para a participação do cantor Daniel, que apadrinha o Teleton juntamente com Hebe Camargo. “Participar de um projeto desses é o mínimo que eu posso fazer”, prega Supla. “Nós artistas temos de usar a fama para algo além dos nossos egos”, defende Luiza Possi.

Outras

Outras emissoras também vão estar representadas no Teleton. Tanto a MTV quanto a Record liberaram seus principais apresentadores para o evento. Cazé e Daniella Cicarelli, no caso da emissora musical, e Adriane Galisteu, Milton Neves, Claudete Troiano e Otaviano Costa, da emissora da Igreja Universal. Todos devem participar do quadro Curtindo um Teleton – versão da gincana Curtindo uma Viagem, apresentada por Celso Portioli. “Além disso, o programa vai ter sinal aberto. As emissoras podem transmitir e ter uma participação efetiva”, destaca Arcângelo Melo Júnior, diretor do programa.

Mas, segundo Arcângelo, o jornalismo também vai ter papel de destaque. Principalmente pela série de reportagens temáticas preparadas para o evento. Caso das que mostram o cotidiano dos deficientes físicos e levantam questões como mercado de trabalho, reabilitação e ensino. Também vão ser mostrados trechos do programa Acesso Total, produzido pela AACD e exibido, desde junho, no SBT às 6h30 de sábado. O projeto, dividido em 27 edições, ensina professores da rede regular de ensino a lidar com crianças portadoras de deficiências físicas. “O programa fica no ar até outubro e é importante que um número maior de pessoas conheça esse trabalho”, afirma o apresentador Luciano Almeida. Além disso, essa edição vai focar outros dois assuntos. O primeiro é a inserção de ácido fólico nas farinhas de pão, como a de trigo. A falta dessa substância nas primeiras semanas de gestação causa a “mielomeningocele”, doença que ocasiona deficiência. Outro problema em debate vai ser a prevenção de acidentes.

Parceria

O presidente da AACD, Alex Maluf, destaca a importância da parceria com o SBT para a expansão da entidade. Segundo dados da associação, antes da realização do primeiro Teleton em 1998, 800 pacientes por dia eram atendidos pela organização. Hoje, cerca de 5 mil pessoas são beneficiadas pelos seis Centros de Reabilitação da AACD, fundada em 1953. “No começo, as pessoas jogavam moedas num lençol que era erguido em um barracão. Esse era o Teleton daquele tempo”, compara.

Apesar de alguns quadros já estarem sendo gravados, o diretor Arcângelo Melo garante que a maior parte do programa vai ser ao vivo. Ele destaca o empenho do SBT para a realização do evento. “Cerca de 800 pessoas estarão mobilizadas para realizar esse evento”, valoriza.

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