Uma cerimônia na Praça das Artes, com a presença do prefeito Fernando Haddad, do governador Geraldo Alckmin e da ministra da Cultura Marta Suplicy, marcou, nesta quinta-feira, a apresentação do projeto de lei que pede a criação da Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo. A estimativa da Prefeitura é de que a aprovação do projeto na Câmara Municipal se dê em até um mês.
Fruto da união de forças dos governos municipal, estadual e federal, o projeto é reivindicação antiga do setor cinematográfico paulista que, desde os anos 90, com o final da Embrafilme e o nascimento da RioFilme, pedia a criação de um órgão que implantasse políticas públicas para o desenvolvimento do cinema e do audiovisual na cidade.
“A SPCine, ainda que paulista em sua criação, pode beneficiar toda a cadeia produtiva e educativa do cinema. São Paulo tem possibilidade enorme de promover o cinema brasileiro e de fazer coproduções. Quanto mais forte o cinema brasileiro for, mais possibilidade há de se desenvolver todos os elos da cadeia produtiva”, disse secretário municipal de cultura, Juca Ferreira.
Para a ministra Marta Suplicy, “há tempos São Paulo precisava ter uma instituição de cinema que estivesse à altura de sua pujança cultural”. “Vários países compreenderam suas próprias histórias por meio do cinema. Tenho certeza de que nossos talentos terão condição de realizar filmes que serão considerados importantes para a cinematografia brasileira”, disse.
Segundo Ferreira, a prefeitura vai destinar cerca de R$ 25 milhões para a empresa. Já Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine, declarou que o governo federal irá declarar o valor a ser investido assim que a aprovação na câmara for publicada. “O repasse de verbas se dará de várias formas, como editais ou ações públicas.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.