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RIO – E o 16.º Festival do Rio acaba de encerrar-se com a entrega dos troféus Redentor para os melhores da Première Brasil. O júri oficial descarregou seus prêmios de filme e direção de ficção em Sangue Azul, de Lírio Ferreira. A crítica e o público escolheram melhor que os jurados oficiais na categoria ficção. Casa Grande, de Fellipe Barbosa, foi o preferido dos espectadores e Obra, de Gregorio Graziosi, ficou com o prêmio da Fipresci, Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica.
Pelo segundo, André Brandão recebeu o Redentor de fotografia, um trabalho suntuoso (em preto e branco) que mostra uma São Paulo majestosa como nunca se viu na tela. O prêmio de roteiro contemplou O Fim e os Meios, de Murilo Salles, e Ausência, de Chico Teixeira, levou o Redentor especial.
Lírio Ferreira fez um belo agradecimento, lembrando que se trata de um filme de amor – acima de tudo. E já que o assunto era amor, disse que estava morrendo de saudades da filha, Júlia. O júri oficial também unificou os prêmios de melhor documentário e diretor da categoria, que foram para “À Queima-Roupa”, de Theresa Jessouroun. O filme, que estreia na semana que vem no Rio e em São Paulo, discute segurança pública e apresenta um retrato impressionante da corrupção e da violência policiais.
O público escolheu “Favela Gay”, de Rodrigo Felha, como melhor documentário e o diretor, que vem das comunidades, também emocionou ao dizer que só “teremos consciência plena de sociedade ao nos aceitarmos, e aceitarmos o(s) outro(s), independentemente de orientação sexual.”