Ela está de volta. A belíssima atriz Sandra Bullock estreia nesta sexta-feira nos cinemas brasileiros sua nova comédia romântica A proposta, na qual ela interpreta Margaret Tate, uma editora de livros de Nova York muito poderosa, cuja vida está prestes a mudar.

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O filme é sucesso de bilheteria e críticas nos Estados Unidos. Bullock, de 44 anos, representa em A proposta uma executiva que finge um noivado com seu assistente (Ryan Reynolds) para evitar a deportação para o Canadá, país onde nasceu.

As risadas são garantidas quando ela conhece os pais dele. Com um casamento improvisado sendo organizado e um oficial da imigração em seu encalço, Margaret e Andrew, relutantemente, juram seguir o plano seja lá como for.

A última vez em que a atriz estrelou um filme que ficou no primeiro lugar das bilheterias foi em 1999 com a produção Forças do destino, em que dividiu a cena com Ben Affleck. Suas últimas grandes estreias foram A casa do lago (2006) e Premonição (2007), que levantaram 50 milhões de dólares cada.

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Mas a atriz geralmente obtém as melhores bilheterias quando atua em comédias românticas como Miss simpatia (107 milhões de dólares) e Amor à segunda vista (93 milhões de dólares).

Dirigido por Anne Fletcher (Vestida para casar), A proposta é uma grande proeza no gênero cômico de Sandra Bullock, uma das atrizes mais consagradas, queridas e aclamadas de Hollywood. Ela falou sobre seu novo filme no Four Seasons Hotel de Beverly Hills.

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P: A proposta tem uma maravilhoso toque clássico de Hollywood, reminiscência da era de ouro das comédias.

Sandra Bullock:
É engraçado, [o roteiro] lembra um filme dos anos 1930s e 1940s, com elementos de Hepburn e Tracy, ou The Philadelphia story, quando as pessoas não estavam preocupadas em serem bonitas e politicamente corretas em relação a tudo. Naquela época, eles escreviam roteiros muito bem para comédias, que por acaso tinham romance também. Eu, pessoalmente, parei de fazer comédias românticas porque eu não aguentava mais. Elas não eram engraçadas. Não eram românticas. Então, para mim, elas não tinham nada a dizer. Este filme, porém, me pareceu diferente, uma grande comédia com uma paisagem que também era um personagem muito importante. Nós não nos baseamos em nada em especial, mas eu fiquei feliz pela história ser tão inteligente.

P: Como tudo aconteceu?

SB: Bem, inicialmente eu disse não, porque aquela palavra CR (comédias românticas) não me animava, eu não tinha nenhuma vontade de fazer. Então, uma pessoa que eu conheço muito bem disse: “Apenas leia e depois poderá ter uma opinião sobre o filme”. E eu li. E fiquei muito chateada (risos). Porque era muito bem escrito. O problema, então, era saber quem poderia dirigir uma comédia assim? Quem poderia elevar o nível? Quem fará parte do elenco? E eles disseram: “E se escalássemos Ryan Reynolds?”. Eu conheço Ryan há algum tempo, então assim que eles falaram isso ficou muito mais difícil de dizer não. E então todos os elementos se encaixaram.

P: Você também se comprometeu a fazer uma cena de nudez. É uma cena cômica mas, mesmo assim, uma cena de nudez. Como foi?

SB: Se eu fosse fazer uma cena de nudez na minha carreira, este seria o momento certo para isso. Se posso fazer isso como uma piada, é ótimo. E Ryan e eu queríamos o riso. Nós queríamos que fosse algo que nunca se viu antes. Anne Fletcher, a diretora, queria que a cena fosse coreografada de uma certa maneira e nós concordamos com isso. Eu apenas disse: “Por favor, não deixe isso acabar no YouTube”.

P: Você está ,linda. Você fez dieta ou exercícios para fazer esse filme?

SB: O engraçado em nosso trabalho é que somos pagos para contratar alguém para fazer a gente se exercitar (risos). Mas eu controlei um pouco a alimentação e simplesmente não comi chocolate antes de filmar. Sabe, eu adoro o meu corpo. Mas quando você o vê daquele tamanho na tela e o vê batendo contra outro corpo, bem, as coisas mudam (risos). Você só não quer muita coisa se mexendo! A pressão é total, mas no dia seguinte você pode comer o que quiser.

P: O que achou de trabalhar com Anne Fletcher? Foi bom ter uma diretora com experiência em coreografia?

SB:
A combinação de dança e comédia é ótima. Se pensar sobre isso, essa combinação vem desde aquelas grandes comédias da era de ouro. Havia um ritmo. Havia uma coreografia. Havia muita perspicácia combinada com movimentação de câmera. Você precisa ter esse senso de ritmo em comédia, e Anne tem isso em muitos níveis diferentes, em muitos estilos diferentes de comédias. Ela tem esse dom. Ela é o máximo.

P: É um ótimo elenco, especialmente o desempenho de Betty White, que interpreta sua futura sogra na tela?

SB: Ela é um gênio cômico. Seu profissionalismo e sua energia são incríveis.

P: O que faz você rir?

SB: O que me faz rir? Eu, nua, me faz rir. Especialmente com a iluminação horrível que temos em casa, que é luz baixa. Eu digo: “Ai, meu Deus” (risos). As pessoas muito perspicazes e pessoas com humor autodrepreciativo me fazem rir. Animais fazendo coisas bobas me fazem rir. Quer dizer, praticamente qualquer coisa me faz rir. Eu sou um alvo fácil! Mas eu adoro uma inteligência afiada. E adoro humor ácido. Adoro quando as pessoas inventam coisas. Quando dizem coisas e não se censuram.