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Começa nesta quarta-feira a primeira edição da mostra, que terá expostas 240 obras, num universo de 142 artistas. |
Começa na próxima quarta-feira (24) a primeira edição do Salão Nacional de Cerâmica ? criado no lugar do antigo Salão Paranaense. O evento terá abertura no Cietep (Av. Comendador Franco, 1341 ? Jardim Botânico), às 20 horas, quando serão expostas 240 obras nas três categorias: artístico, popular e design, num universo de 142 artistas selecionados das cinco regiões brasileiras. Na ocasião também será aberta a Segunda Feira de Arte Cerâmica, com expositores oferecendo as últimas novidades para ceramistas. Após o início do Salão, no período entre o dia 25 e 29 de maio, acontece o Congresso Nacional de Cerâmica com debates e oficinas voltadas para profissionais e estudantes da área. Ao todo serão oferecidas 26 oficinas para os três segmentos, entre os destaques está uma que é voltada para os deficientes visuais. As vagas são limitadas e as inscrições estão abertas no Museu Alfredo Andersen (Rua Mateus Leme, 336 ? Telefone: 3222-8262, site: www.pr.gov.br/maa).
Para entender melhor a divisão de categorias no Salão, na cerâmica popular normalmente o artesão não tem uma especialização teórica do assunto. Autodidata, ele usa normalmente sua arte para sobreviver. O mesmo não pode ser dito da cerâmica industrial onde o artista – com um bom conhecimento de design – trabalha com uma escala de produção maior, focando seu objetivo em objetos utilitários. Finalmente temos a cerâmica artística que compreende um pouco de cada uma destas categorias. O ceramista utiliza a técnica como expressão para compor obras de arte que podem ou não ser utilitárias.
A partir desta divisão, o Salão de Cerâmica distribuiu para cada categoria três prêmios ? Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Cultura e Museu Alfredo Andersen – no valor eqüitativo de seis mil reais. Na artística os vencedores de cada prêmio foram, respectivamente, Elisa Maruyama (PR), Ivanilde Sopchenski Santos (Tuca) (PR) e, dividindo o Prêmio Alfredo Andersen, Gláucia Flügel (PR) e Márcio Medeiros (PR). A comissão que cuidou desse segmento explicou que a escolha foi consensual e levou em consideração a autenticidade, criatividade e a maneira como o artista lida com o material e a técnica, chamando atenção para o significativo aumento de selecionados ? 51 artistas num universo de 203 inscritos. Uma curiosidade: pela qualidade apresentada, um dos prêmios foi dividido entre dois artistas.
Na categoria design a escolha aconteceu a partir de uma discussão sobre o conceito de desenho para a indústria. Para a comissão, o design deve ter como função melhorar a vida das pessoas. Isto é, a realização de um objeto mais funcional, que simplifique um processo produtivo, economize energia e ainda possa oferecer um novo uso ao material. Dentro desses critérios, a comissão deixou de lado apenas o aspecto estético e premiou, entre os 25 artistas selecionados, as obras de Elaine Kawata e Luis Evers (PR), R. Luiz Pellanda Jr. (PR) e Cristiane Aun (SP). Ao final da escolha, a comissão reconhece a dificuldade da seleção e sugere para a próxima edição a inclusão de uma nova categoria: desenho artístico ? que atenda a produção de design utilitária de pequena escala.
O segmento popular é dividido em três subcategorias: religiosa, decorativa ou utilitária e folclórica. Assim, ao invés de três prêmios, ela premiou nove artistas com a quantia de dois mil reais. Em comparação ao ano de 2004, houve o triplo de inscrições. No final desta edição foram selecionados 66 artistas populares e 111 obras. Apesar do aumento de inscrições, a seleção dos artistas foi considerada tranqüila pela comissão julgadora uma vez que cerâmica popular é um trabalho menos autoral, do ponto de vista do resultado plástico. Mas para os jurados a grande surpresa foi perceber a produção artística que, em alguns casos, utilizava técnicas tradicionais em temas novos, recriados; e, em outros, acontecia o inverso: o uso de técnicas novas em temas tradicionais.
Na seleção final foram premiados na categoria popular-utilitário: Tê Cavalcanti (PB), Associação dos Artesãos do Cariri Ocidental (PB) e Jamile C. Pereira (PR); na popular-folclore: Sandra Abrano (SP), Horácio Rodrigues (PE) e Socorro Rodrigues (PE); e na popular-religioso: Maria Candido (CE), Biagini (PR) e Elias F. Santos (PE).
O Salão Nacional de Cerâmica e o Congresso Nacional de Cerâmica são uma promoção da Secretaria de Estadual da Cultura, Museu Alfredo Andersen em parceria com a Mineropar, Provopar, Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul e Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). A mostra fica aberta até o dia 8 de junho no Cietep e depois, segue para o Museu Alfredo Andersen onde ficará aberta ao público no período entre dia 19 de junho e 10 de setembro.
Serviço:
1º Salão Nacional de Cerâmica.
Abertura dia 24, 20 horas no Cietep (Av. Comendador Franco, 1341 ? Jardim Botânico)
Horário de visitação: De 25 a 28 de maio, das 9 às 20 horas. Do dia 29 ao dia 8 de junho, das 9 às 18 horas. Entrada franca.
O Salão será apresentado no Museu Alfredo Andersen do dia 19 de junho ao dia 10 de setembro. Informações: 3222-8262 www.pr.gov.br/maa.