No próximo domingo (2), o cantor Juan Carlos Poca, 14 anos, de Foz do Iguaçu, sobe ao palco do The Voice Kids para disputar o troféu da competição musical, um contrato com a gravadora Universal e uma premiação em dinheiro. Há cerca de um ano, outro paranaense, Wagner Barreto, era consagrado como o campeão da primeira edição do reality show, que movimentou as redes sociais com um dilema principal: “será que não dava para premiar todas essas crianças?”.
A final de 2016 reuniu no palco outras duas representantes do Paraná, Pérola Crepaldi, de Cascavel, e Rafa Gomes, de Curitiba. Wagner, do time de Victor & Léo, foi escolhido pelo público.
Na época da inscrição, o garoto morava em uma ilha no município de Porto Rico e emocionava com sua história de amor à música. Hoje, aos 16 anos, muitos centímetros mais alto e de corte de cabelo atualizado, Wagner parece outra pessoa. “Minha vida deu um giro. Mudou tudo mesmo. Morava numa ilha que não tinha energia elétrica, água, nem nada, e hoje viajo o país inteiro cantando”, diz ele, com a mesma animação da época em que fez parte do reality show. Desde 2016, ele é morador de Nova Esperança, região de Maringá.
Nestes 12 meses, Wagner já gravou dois álbuns. O primeiro explorou o repertório que o garoto cantou no reality show, baseado principalmente no sertanejo, a sua grande paixão. Índia, Romaria, Desculpe, mas Eu Vou Chorar, Disparada e Tem Que Ser Você foram algumas das faixas. O terceiro trabalho de estúdio já está engatilhado. Desta vez, o garoto vai mostrar também seu talento como compositor. “Vai ser um disco de pop romântico que já estou trabalhando com uma amiga”, afirma, com seriedade de gente grande.
Para realizar sua vocação, Wagner admite que não tem tido tempo de ser adolescente. Em maio, completa 17 anos e, aliado ao colégio, ele não deixa de lado os shows. No domingo, ele sairá do Rio de Janeiro, onde vai assistir à final da competição, e volta para o interior do Paraná, onde se apresenta na Expo Londrina.
O cantor de Porto Rico ficou amigo de Juan Carlos, a quem se permitiu aconselhar. “Eu falei para ele que para ser um músico, ele tem que se doar 101% para o público, para os técnicos e para as câmeras”, afirmou ele, que acredita que o garoto de Foz do Iguaçu já segue esses preceitos.