A canção “Dancer in the Dark” remete imediatamente a “Vogue”, de Madonna, e “Alejandro” revisita “La Isla Bonita”, também de Madonna. Um pouco mais adiante, você pode se confundir e pensar que está diante de Britney ou Beyoncé ou Shakira. Lady GaGa, de 23 anos, é hoje uma realidade do show biz. Ela teve o nome citado pelo rapper Kanye West como sendo a Madonna da atualidade, a nova Rainha do Pop.
Lady GaGa, codinome de Stefani Germanotta (em tributo ao hit do Queen, “Radio Gaga”), vai à Fashion Week de Nova York cercada de tantos seguranças quanto Madonna (os estilistas Marc Jacobs, Jean Paul Gaultier e Riccardo Tisci a elegeram como um dos novos ícones pop da moda). Seu álbum duplo, “Fame Monster”, lançado aqui pela Universal (com 8 músicas inéditas e mais o CD anterior, “The Fame”), tem um apelo comercial forte, e a blitzkrieg de mídia impulsiona um pouco mais. “Fame Monster” está no meio de uma controvérsia: a própria gravadora censurou as letras de “Bad Romance”, “Dance In The Dark” e “Monster” para retirar duas palavrinhas “profanas” que GaGa pronuncia.
A colagem pós-moderna de Lady GaGa é inteligente e bem urdida. Ela faz aqui e ali homenagens a suas influências, como em “The Fame” (B-52s) e “Summerboy” (Blondie). Ela não é excepcionalmente mais dotada do que suas concorrentes no ramo, mas suas canções são melhores, as composições têm algum artesanato e ideias.
Após mais de 4 milhões de álbuns vendidos, prêmios de Artista Revelação 2009 no VMA e o EMA, Lady GaGa foi indicada na semana passada para o Grammy 2010 nas categorias gravação do ano (“Poker Face”) e álbum do ano (“The Fame”).