O enigma do circo decifrado com o toque mágico da Cia. La Mínima transformou a peça A Noite dos Palhaços Mudos no espetáculo com mais indicações da 21ª edição do Prêmio Shell de Teatro de São Paulo, referente às peças que estrearam no primeiro semestre (de janeiro a junho) do ano. São quatro indicados – além de duas de melhor ator (Domingos Montagner e Fernando Sampaio), o trabalho também foi lembrado na música, pela trilha sonora original de Marcelo Pellegrini, e na direção de Álvaro Assad. Inspirada na obra do quadrinista Laerte, a peça envolve dois palhaços que tentam salvar um terceiro, prestes a ser executado no interior de uma mansão, por um grupo de homens decididos a eliminar todos os palhaços do mundo.

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Na categoria de melhor autor, novamente o júri paulista do Shell foi econômico nas indicações, escolhendo apenas Sérgio Roveri por A Coleira de Bóris, e Grace Passô, por Amores Surdos. Este espetáculo, aliás, embora tenha estreado em 2006, ganhou uma nova temporada em 2008 o que, segundo a organização do prêmio, garante-lhe o direito de participar novamente neste ano – o mesmo aconteceu na primeira lista de indicados do Rio de Janeiro onde A Noviça Rebelde recebeu o maior número (quatro categorias). Embora a peça já tenha sido encenada nos anos 1980, a montagem atual vai concorrer a melhor ator (Fernando Eiras), cenário (Rogério Falcão), figurino (Rita Murtinho) e categoria especial (produção de Aniela Jordan, Beatriz Secchin Braga e Monica Athayde Lopes).

Também a categoria de melhor atriz, em São Paulo, polarizou dois nomes: Cácia Goulart, que enfrentou o risco de viver o escrivão de Bartleby; e Paula Arruda, pela vigorosa interpretação no não menos belo O Céu 5 Minutos Antes da Tempestade.

Como sempre acontece no Prêmio Shell, a lista divulgada ontem refere-se apenas aos espetáculos que estrearam em São Paulo entre janeiro e junho de 2008. Em janeiro, serão conhecidos os indicados do segundo semestre e, no início de 2009, os vencedores. Os vitoriosos receberão uma escultura em metal do artista plástico Domenico Calabroni e uma premiação individual de R$ 8 mil. O júri de São Paulo é formado por Kil Abreu, Valmir Santos, Marici Salomão, Mario Bolognesi e Noemi Marinho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Os Indicados

Autor:

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Grace Passô, por Amores Surdos.

Sérgio Roveri, por A Coleira de Bóris.

Atriz:

Cácia Goulart, por Bartleby.

Paula Arruda, por O Céu 5 Minutos Antes da Tempestade.

Ator:

Domingos Montagner, por A Noite dos Palhaços Mudos;

Fernando Sampaio, por A Noite dos Palhaços Mudos;

Nilton Bicudo, por O Natimorto.

Direção:

Alvaro Assad, por A Noite dos Palhaços Mudos;

Marco Antonio Rodrigues, por A Coleira de Bóris;

Rita Clemente, por Amores Surdos.

Cenário:

André Cortez, por Bartleby;

Bruna Christófaro, por Amores Surdos;

Renato Bolelli Rebouças, por Arrufos.

Figurino:

Rosângela Ribeiro, por Senhora dos Afogados;

Silvana Marcondes, Fernando Sato e Júlio Dojcsar, por O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado

Iluminação:

Carlos Gaúcho, por A Coleira de Bóris;

Lúcia Chedieck, por Memória do Mundo.

Música:

Josimar Carneiro, pela direção musical de Divina Elizeth;

Marcelo Pellegrini, pela trilha sonora original de A Noite dos Palhaços Mudos

Categoria Especial:

Centro de Pesquisa Teatral do Sesc, pelos 10 anos do projeto prêt-à-porter

Grupo XIX de Teatro, pela pesquisa e criação de Arrufos.