A diretora do Museu Oscar Niemeyer, Maristela Requião, aproveitou ontem o anúncio da vinda da exposição italiana Novecento Sudamericano, que vai reinaugurar o espaço entre 5 e 10 de julho, para explicar por que não foi possível trazer ao Paraná a megaexposição os Guerreiros de Xi?an e os Tesouros da Cidade Proibida: “As inúmeras questões técnicas e a corrida contra o tempo foram os principais entraves”, adiantou ela, ressaltando, porém, que isto não significa que as negociações com a China estão encerradas.

Maristela garantiu que a exposição chinesa continua nos seus planos, e que poderá fazer parte da agenda do MON no futuro. A mostra vai voltar para a China, em virtude da programação a ser cumprida. Ela admitiu também que precisa de mais tempo e de uma melhor estrutura no Museu, principalmente no que se refere à consolidação da Sociedade dos Amigos do Museu Oscar Niemeyer, a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que irá administrar e captar recursos para a instituição, e que atualmente encontra-se na fase de qualificação pelo Ministério da Justiça.

“Recebi um prédio denominado museu, que foi inaugurado antes de terminar, inacabado e cheio de irregularidades, além de uma Oscip sem possibilidade de funcionar”, prosseguiu a diretora. “Estamos vencendo estas etapas e, como bons brasileiros, ousando ao agendar para “ontem” belíssimas exposições para ele”. Ela diz que museus do porte do Oscar Niemeyer têm agendas fechadas dois anos antes. A BrasilConnets, empresa que trouxe os Guerreiros de Xi?an para o Brasil, por exemplo, negociou com a República Popular da China durante aproximadamente um ano e meio, antes de fechar o contrato.

“Acredito que a partir de 2004 o MON poderá funcionar neste moldes, com programações mais definidas e a longo prazo”, adiantou. “Por enquanto não temos dinheiro, e a estruturação do mais novo museu estadual está sendo elaborada por um equipe pequena, porém eficiente, capaz de viabilizar exposições como a Novecento, que está vindo por intermédio da Sociedade dos Amigos do Museu Alfredo Andersen.

“Estamos negociando outras exposições italianas e também com outros países como Espanha, Japão, Portugal, assim como mostras de artistas brasileiros como Cícero Dias, que tem ligação afetiva com o Paraná em função de seu marchand, Valdir Simões, ser paranaense. Cícero Dias é um pintor brasileiro de grande expressão na França. Outra proposta, é a de trazer a exposição do Andersen, pai da pintura no Paraná, que encontra-se atualmente na Noruega”.

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