Depois de mais de uma semana de especulações sobre o futuro de Sabrina Sato na televisão, o caso finalmente chegou ao fim. No domingo, a apresentadora não participou do Pânico na Band como de costume. Logo após a exibição do programa, no início da madrugada de segunda, a japa publicou, em sua conta oficial no Facebook, uma extensa carta dedicada aos seus colegas do humorístico, despedindo-se deles. Isso quer dizer que Sabrina aceitou o convite proposto pela Record. A apresentadora ainda deve levar consigo boa parte da verba de merchandising recebida pelo Pânico – 45% da receita de patrocínios do humorístico está vinculada à sua imagem atualmente.
“Tenho inquietações artísticas que preciso perseguir e desejos em minha vida pessoal que começam a despertar. Não está sendo fácil, dói demais, enquanto escrevo essa carta, ficar assistindo esse filme que passa na minha cabeça sem parar, é um filme que passa a minha história, que se confunde com a história do Pânico e é muito difícil diferenciar onde começa um e onde termina o outro”. É assim que ela justifica sua saída do humorístico, na carta publicada na internet. Ela ainda diz que considera a equipe do Pânico como sua família e que vai sentir falta de estar no sofá do programa nos domingos à noite. A equipe do Pânico, chateada com o fato de ela ter negociado com a Record sem comunicar, não a teria deixado se despedir no ar.
No entanto, demonstra estar um pouco insegura em relação à sua decisão. “Não sei se esse é o caminho certo ou errado. Pra falar a verdade, não estou nem pensando nisso. Só sei que algo grita alto dentro de mim dizendo que esse é meu caminho, torto ou reto, o meu caminho, o que eu acredito”, diz no texto. Pelo Instagram, ela ainda mandou uma mensagem direcionada a fãs e amigos: “Quero agradecer o imenso carinho ode todos os amigos que me acompanham há tantos anos. Sem vocês, não sou nada… Vocês fazem meus sonhos se tornarem reais! Obrigada sempre! Amo vocês! Estamos juntos!”. E recebeu o apoio do namorado, João Vicente de Castro, que disse: “Juntos pra sempre. Meu amor, quebra tudo”.
Retrospectiva e alfinetada
Na carta, Sabrina ainda lembra que foi sua participação no Big Brother Brasil que possibilitou que ela entrasse para a carreira artística e reconhece a importância do Pânico para sua trajetória na televisão. “Meu sonho sempre foi fazer televisão e há 11 anos entrei no Big Brother Brasil, uma experiência rica que me abriria algumas portas. Algumas possibilidades apareceram na emissora em que eu estava. Muito nova e em meio a uma avalanche de emoções, era difícil saber que rumo tomar, mas, por mais clichê que isso possa soar, posso afirmar que meu coração já sabia pra onde nós, eu e ele, deveríamos ir: Um programa de rádio chamado Pânico, onde encontraria pessoas com quem passaria os próximos dez anos da minha vida e que rapidamente se tornariam minha família”, afirmou.
Mesmo assim, um dos criadores do Pânico, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, alfinetou Sabrina durante o programa Morning Show, da rádio Jovem Pan, ontem de manhã. Ele disse que o lamento da japa na carta eram apenas “lágrimas de crododilo” e deu a entender que a considera uma mal-agradecida, pois não seria nada sem o programa. “Se você vê o primeiro trabalho dela no Pânico e o de agora, você vê que tem todo um trabalho de personagem. Teve todo um trabalho de glamour, de beleza, que o Pânico que fez. O pessoal do Pânico se dedicou para ela estourar”. Na Record, Sabrina deve apresentar um programa dominical, com estreia prevista para março do ano que vem. Segundo o colunista Léo Dias, a assinatura do contrato com a nova emissora aconteceria ainda ontem.