O trio canadense Rush levou na última sexta-feira ao estádio do Morumbi aproximadamente 38 mil fanáticos pela banda para assistirem a três horas do show da turnê Time Machine, que apresentou na íntegra o álbum “Moving Pictures”. Pontualmente às 21h30, o grupo abriu a apresentação mostrando no telão uma engraçada vinheta contando uma fictícia história da banda. Ao término dela, soaram os primeiros acordes de “The Spirit of Radio”.
Grande parte do público da banda era de pessoas que não escondiam sua idolatria e que estavam ali para comungarem juntas o som da grupo. A apresentação foi tecnicamente perfeita, detalhista, repleta de efeitos especiais, pirotecnia e imagens psicodélicas no telão. O próprio som do grupo basta por si só, mas o trio canadense caprichou nos detalhes dos telões, com closes da bateria de Neil Peart, das cordas da guitarra de Alex Lifeson e do baixo de Geddy Lee em telões com motivos vintages. Os fãs ainda foram brindados com canções que não apareciam há um bom tempo no set-list do grupo, como “Presto” e “Stick it Out”.
Formado no fim da década de 60, com integrantes que beiram os 60 anos, o Rush mostrou fôlego, inclusive tocando duas canções inéditas que farão parte do próximo álbum “Clockwork Angels”, prometido para 2011. O peso da idade, no entanto, se fez presente e o baixista e vocalista Geddy Lee anunciou, após uma hora de show, um intervalo de 30 minutos, afirmando que eram velhos e precisavam descansar e ir ao banheiro.
No retorno do intervalo, o momento mais esperado: um set inteiro dedicado a festejar os 30 anos do disco “Moving Pictures”, com canções como “Tom Sawyer”, “Red Barchetta”, “Limelight”, “The Camera Eye”, “Witch Hunt”, “Vital Signs” e a instrumental “YYZ”. Antes do término, o público assistiu incrédulo ao brilhante solo de Neil Peart, considerado o melhor baterista do mundo. Uma apresentação para fã nenhum botar defeito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.