Claes Bang, ator de “The Square – A Arte da Discórdia”, conversou de casa, pelo telefone, com a reportagem. Aproveitava a pausa natalina de uma filmagem em Berlim. “The Square”, dirigido por Ruben Östlund, estreia nesta quinta-feira, 4.
Parabéns pelo prêmio de melhor ator na Academia Europeia…
Obrigado, mas o prêmio não foi só para mim. Foi para o filme, muito bem escrito e dirigido por Ruben (Östlund) e ele também venceu nas duas categorias. O melhor de tudo foi o melhor filme. Não é um filme fácil. Nos confronta com nosso mal-estar, e pode ser difícil assimilar.
Como é trabalhar com Ruben?
Tranquilo. Ele avança lentamente, filmando cada cena, e esgotando suas possibilidades. Às vezes, você acha que já deu, e ele propõe outra coisa. Ou então ele está satisfeito, mas você quer tentar mais uma vez. No caso de Christian (o personagem), era fascinante, porque se trata de uma escalada no horror. Tudo o que parece certo começa a dar errado.
E o Oscar?
Não é mais importante que tudo que já ganhamos. O grande desafio é a tal correção política, que o filme subverte. Sem abertura para isso, nada feito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.