Três semanas após o início da greve, representantes do Writers Guild of America (WGA, sindicato dos escritores) e da Alliance of Motion Picture and Television Producers, que reúne os produtores de TV e cinema, encontraram-se hoje, em um hotel não divulgado, em Los Angeles. Ao fim do encontro, nenhuma das partes quis falar com a imprensa. Amanhã de manhã as negociações reiniciam com a tentativa de superar as divergências que levaram à paralisação dos roteiristas, com o progressivo fechamento de numerosos sets televisivos e cinematográficos.
                  
Entre os roteiristas, os sentimentos são contraditórios. "Pelo menos houve uma conversa", comenta um dos grevistas no site da revista "Variety", mas outros consideram a ação como de fachada. Enquanto isso, os piquetes diante dos portões de estúdios recomeçaram após cinco dias de interrupção devido ao feriado de Ação de Graças.
                  
As divergências que levaram à greve dizem respeito aos possíveis ganhos resultantes das novas plataformas tecnológicas, em especial o DVD e a Internet. "Existem filmes que podem ser ‘consumidos’ por conexão wi-fi, filmes para serem baixados da Internet e de tudo isso nós não vemos um centavo de dólar", disse David Young, porta-voz da WGA. Uma pesquisa entre mil assinantes on-line da revista de entretenimento "Variety" mostrou que dois terços dos votantes dão razão aos roteiristas.

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