O público respondeu com entusiasmo ao espetáculo Romeu e Julieta, apresentado pelo Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná, na estréia, na noite desta quarta-feira (23), no Guairão. ?A iluminação, a cor, os figurinos, a forma de harmonizar a música a uma coreografia contemporânea e o humor foram utilizados na dose certa?, avalia o universitário Octavio Mansur.
?Magnífico?, completou Selma Regina de Castro, que junto com Luis Gaspavovic, reconheceu a sensibilidade do coreógrafo em utilizar a irreverência e a criatividade para conduzir a trama. ?É um espetáculo plástico, alegre, colorido, de muita sensibilidade e romantismo, principalmente porque une balé e orquestra. Amo a Orquestra Sinfônica do Paraná?, completa a professora Mara Lima.
O coreógrafo Luiz Fernando Bongiovanni pontuou algumas inovações inseridas nas cenas como grandes atrativos para o público. Julieta, por exemplo, em alguns momentos, é representada por sete bailarinas. ?São as cenas finais em que a bailarina vive intensamente o amor por Romeu e elabora a trama da morte. As sete bailarinas se movimentam de forma a transmitir tudo que é etéreo e mágico no amor?, explica.
Outra mudança é a transformação do estereótipo da criada que acompanha Julieta durante toda a história. ?Ela é protagonizada por um homem e apresenta-se com um acentuado senso de humor, que deixa o espetáculo mais alegre?, conta Bongiovanni. ?As supervisoras do destino, "as parcas" da mitologia romana, facilitam a passagem de cenas para o público, no que se refere às tramas do destino?.
Abrangência
?A coreografia contemporânea e o toque de humor fazem com que a montagem paranaense seja apreciada por todas as camadas sociais em diferentes níveis culturais?, afirma a secretária da Cultura, Vera Mussi. ?Depois das nove apresentações em Curitiba, vamos buscar recursos para apresentar o espetáculo no interior e levar cultura ao povo, especialmente porque o Paraná possui bons teatros localizados em regiões estratégicas, todos capazes de apresentar produções deste porte.?