Omar Shariff e Julie Christie em “Doutor Jivago”: história imortal. |
Mata-me de Prazer, romance do casal de jornalistas britânicos Sean French e Nicci Gerrard, deu origem ao filme de título homônimo, estrelado por Joseph Fiennes e Heather Graham, com passagens atuais pelo cinema. O livro está nas livrarias ao lado de Doutor Jivago, romance que saiu das páginas do clássico de Boris Pasternak e que foi às telas por David Lean. A obra retorna na série Grandes Traduções, da Editora Record.
Em Mata-me de Prazer, a sexualidade feminina é analisada sob a ótica da mulher, num romance sobre uma atração obsessiva que obscurece tudo a seu redor. A jovem inglesa Alice Loudon tem uma vida invejável: um namorado devotado, um eclético e charmoso círculo de amizades, um emprego estimulante. Porém, a caminho do escritório, numa certa manhã, ela esbarra com um homem na rua, que não pára de lhe olhar fixamente. Os dois começam, então, um tórrido caso de amor, no limite do prazer e da dor.
Algumas semanas bastam para que Alice abandone sua rotina morna, quebre o coração do namorado e embarque num casamento com esse total desconhecido. A história, que nos cinemas tem direção do chinês Chen Kaige, está nas páginas (352, Record) sob assinatura de Nicci French, pseudônimo adotado pelos dois autores.
Doutor Jivago é, por sua vez, uma obra-prima. E responsável pelo Nobel de Literatura dado a Pasternak em 1958. Mas só agora sai uma edição brasileira traduzida diretamente do russo, assinada por Zoia Prestes. Detalhe: apenas em 1989 o romance foi liberado na Rússia. Os originais chegaram ao mundo ocidental através de um editor italiano, Giangiacomo Feltrinelli, membro do Partido Comunista da Itália. A edição brasileira conta toda essa história, com prefácio de Marco Lucchesi, que também traduziu os poemas do livro.
Imortalizado nas telas com Omar Shariff no papel principal, Doutor Jivago trata da impossibilidade da realização pessoal diante de um estado totalitário em formação. O conturbado amor de Lara (Julie Christie) e do médico Yuri Jivago, tendo a Revolução Russa como um dos principais personagens, legou ao mundo um dos mais belos temas de amor da história do cinema e da literatura.