Em SP!

Roger Waters adere à campanha #EleNão e coloca Bolsonaro em lista de neofascistas

Foto: Reprodução/Internet.

Roger Waters, um dos fundadores da banda de rock Pink Floyd, fez uma estreia polêmica no Brasil nesta terça-feira (9) em São Paulo. Com um show carregado de energia das mais diversas, ele se apresentou trazendo também a hashtag mais usada na internet nas eleições 2018: #EleNão. A plateia, obviamente, ficou dividida: alguns vaiaram, outros apoiaram e, por fim, o nome do candidato Jair Bolsonaro (PSL) ainda apareceu na lista de neofascistas do mundo no telão gigante do palco.

O cantor segue sua turnê pelo Brasil ao longo do mês de outubro, chegando a Curitiba no dia 27, justamente na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. O show dele na capital paranaense aconteceu no Estádio Major Antônio Couto Pereira e a os ingressos estão à venda pelo site Tickets For Fun.

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Como foi o show?

Apesar da polêmica, o show de Roger Waters entregou o que prometeu logo no início do show: a tensão  criada com a imagem em seu telão gigante, de uma mulher sentada à beira de um oceano, era incrível. Nela, o mundo está prestes a acabar, mas isso só vai ser revelado quando ele estiver próximo de aparecer no palco.

Breathe levantou as plateias lotadas, com mais uma revelação. No andar de cima das arquibancadas do Allianz Parque, em São Paulo, em cada lateral e ao fundo, Waters usou conjuntos de caixas de som que vão criar o efeito surround.

Time foi anunciada com o despertador de um relógio, e o som da plateia fica mais forte que o do palco. O rosto de Waters apareceu pela primeira vez no telão e pôde se perceber como os anos têm passado. Estava mais curvado. Os cabelos longos e mais finos, os olhos mais fundos. A força de sua voz provocou o mesmo efeito.

Welcome to the Machine chegou tensa e estrondosa. Waters estava no centro do palco como um integrante, sem o mesmo protagonismo cênico de suas turnês anteriores. Sua imagem não era a que mais aparecia no telão, o que dificultava a vida dos fãs mais distantes do palco.

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Repertório novo e grandes hits

De tão boas, as músicas do disco novo pareciam saídas de algum álbum do Pink Floyd. Deja Vu, a primeira delas, fez até setores da plateia vip, tradicionalmente a mais dispersa, se calar. Um feito. Depois de Picture That, Wish You Were Here. E a plateia cantou pela primeira vez uma canção inteira.

Another Brick in the Wall começou com 12 pessoas encapuçadas como se fossem reféns do Estado Islâmico, imóveis no palco, prestes a serem decapitadas. Quando chegou a parte do coro, elas retiram os capuzes. São todas crianças. Há um choque absurdo na plateia. Ao final da música, Waters explicou que todas as crianças são brasileiras.

Uma pausa de 20 minutos foi anunciada. Estavam previstas até o final mais nove músicas, com o bis. Uma batalha de gritos de guerra começou logo que as luzes foram acesas. “Fora PT” se revezava com “Ele não”. Foi então que apareceu a lista com os neofascistas no telão, incluindo o nome de Bolsonaro.

Foto: Reprodução/Internet.
Foto: Reprodução/Internet.

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