Roberto Carlos vai recorrer de decisão judicial

Foto: Arquivo

Roberto Carlos recorrerá em processo para barrar biografia.

O cantor e compositor Roberto Carlos perdeu o primeiro round, mas não pensa em desistir do processo que move contra Paulo César Araújo, autor da biografia não autorizada Roberto Carlos em detalhes, e sua editora, a Planeta. Em entrevista durante cruzeiro marítimo no navio italiano Costa Fortuna, do qual participam 3,3 mil pessoas, Roberto demonstrou que não considera uma derrota judicial o fato de a Justiça não ter acolhido seu pedido de recolher o livro das livrarias. Para ele, ainda não há opinião desfavorável de primeira instância.

O cantor disse que vai até o fim no processo. ?O que a lei me dá direito, será feito.? Antes, tinha afirmado que ele mesmo é o único em condições de contar a própria história. ?Vou contar direitinho as coisas como elas realmente são.? Quando lhe perguntaram qual seria sua reação se um admirador viesse lhe pedir um autógrafo no livro de Araújo, ele foi lacônico: ?Não, não daria. Diria: me dá um papel, mas esse livro eu não vou assinar.?

?Estou reclamando de invasão de privacidade. A minha história é um patrimônio meu. Quem escreveu esse livro se apropriou desse meu patrimônio em seu próprio benefício, seja como for que ele o tenha usado. Essa é minha opinião. Estou reclamando isso. A minha vida pública, tudo que aconteceu na minha carreira, isso tudo bem, isso qualquer um pode escrever 500 livros, porque isso é de domínio público. Agora, minha vida particular, não. É domínio meu.?

O cantor iniciou o processo contra o autor e a editora em dezembro, segundo contou na época, após tomar conhecimento de trechos da publicação por meio de depoimentos de colaboradores e amigos. Mas agora ele já se considera mais informado a respeito. ?Li o livro, sim. E continuo com a mesma opinião?, disse.

Durante o cruzeiro, que ele realiza anualmente há quatro anos, Roberto Carlos iniciou essa tradição de dar uma entrevista coletiva para jornalistas e 200 admiradores escolhidos por sorteio. Ele abordou vários temas, do filme preferido (o dele é Férias de amor, com William Holden e Kim Novak) ao funk carioca (?O funk é a alegria do povo, é uma música que levanta a galera. Cada um faz letra como gosta, a Tati Quebra-Barraco faz de um jeito, Leozinho faz de outro. É uma música de festa, de alegria. O ritmo é muito bom. Duvido que alguém ouça o ritmo e não se mexa, não sinta vontade de dançar?). Fez rir ao responder a uma questão sobre se estaria contribuindo para a grande difusão do medicamento Viagra, que combate a impotência masculina. ?Se eu contribuí para isso? Por enquanto, ainda não. Mas não sou contra, muito pelo contrário?, disse, acrescentando que haveria até uma coincidência da cor do medicamento com sua cor predileta, o azul.

Revelou que mantém a forma com ?tudo que existe para comprar: pesos, halteres, máquinas?, e contou que tem intenção de fazer uma música sobre o aquecimento global, porém não uma canção crítica à ONU ou aos governos, mas ?alertando e pedindo preocupação e providências, para que (o aquecimento global) não continue, como antes?.

* O repórter viajou a convite da organização do projeto Emoções em Alto-Mar.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo