Quem ainda não viu, terá uma nova oportunidade de assistir. No próximo dia 23 (sábado), a paulista Rita Lee estará de volta a Curitiba com o show Pic-Nic, que também já encantou mineiros, brasilienses, cariocas, paulistas, gaúchos, catarinenses e mesmo estrangeiros. O espetáculo terá única apresentação, às 21h30, no grande auditório do Teatro Positivo.
“Pic-nic remete a um domingo ensolarado com uma cesta cheia de guloseimas e pessoas curtindo uma boa farra”, diz a cantora, uma das maiores personalidades do rock nacional, ao explicar o nome do espetáculo no qual faz um passeio pelas mais diferentes fases de seus quarenta anos de carreira artística.
Entre as canções apresentadas, estão os sucessos Mutante, Vítima, Bem-me-quer, Saúde e Doce Vampiro, que fazem os espectadores cantarem junto e trazem antigas recordações.
Sobre o público curitibano, a roqueira afirma: “Não sei porque dizem que os curitibanos são contidos. Podem até ser mais exigentes, mas na hora ‘h’ soltam a franga”. Já sobre suas quatro décadas nos palcos, Rita se diz uma artista privilegiada, tendo como público fiel tanto pessoas de sua própria geração quanto os mais jovens.
Apesar de declarar, em entrevistas recentes, que não gosta de sair de casa e tem pavor de voar de avião, não abre mão de suas turnês de shows. O motivo disto, segundo ela, é um só: “o tesão de subir no palco que é tão bom quanto o de ficar em casa”.
Aos sessenta anos de vida (comemorados em 31 de dezembro do ano passado), Rita Lee, como grande parte das mulheres de sua idade, está longe da imagem de uma vovó inativa, que passa o dia inteiro sentada em uma cadeira de balanço ou à frente da TV.
Em público, aparenta a mesma energia, ânimo e irreverência do passado. “Estou preferindo dizer que já tenho 62. Me sinto mais segura. Idade redonda é meio besta”, comenta.
Rita Lee iniciou sua carreira com o grupo Mutantes, com o qual gravou seis discos. Em 1979, começou a fazer shows e discos com Roberto de Carvalho, que se tornou seu parceiro artístico e amoroso. No ano seguinte, com o álbum Lança perfume, a dupla se torna figura fácil em programas de rádio e TV, também obtendo sucesso na Europa e em outros países da América Latina.
Em 1996, Rita foi a primeira mulher a receber o prêmio Shell pelo conjunto de obra e, em 1997, foi a artista homenageada do prêmio Sharp. Em 2000, o álbum 3001 ganhou o Grammy Latino de melhor disco de rock. Quatro anos depois, a cantora, junto com Zélia Duncan e Pitty, lançou seu 32º álbum, MTV ao vivo Rita Lee, merecedor de disco de ouro em menos de um mês. A turnê Pic-Nic teve início no último mês de janeiro.
Serviço:
Show Pic-Nic, com Rita Lee. Dia 23 de agosto, às 21h30, no Teatro Positivo (Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido). Classificação: 16 anos. Ingressos: variam de R$ 80 a R$ 200 (inteira). Informações: 3315-0808 / 2105-5799.