A cantora Rita Lee aguarda comunicação da Justiça do Sergipe para depositar R$ 40 mil ao Fundo Municipal para Criança e Adolescente da Barra dos Coqueiros. O valor corresponde a um acordo firmado em janeiro com o Ministério Público de Sergipe para evitar a abertura de um processo criminal contra Lee.
No dia 28 de janeiro, em show na praia de Atalaia Nova, em Barra dos Coqueiros (SE), Rita Lee criticou a agressividade de policiais militares contra seu público. Na ocasião, a polícia afirmou ter agido porque parte da plateia fumava maconha.
“Esses cachorros, filhos da p***, não vão prender ninguém”, disse a cantora. Ela foi detida por apologia ao crime e por desacato, levada à delegacia e depois liberada.
O acordo feito entre a cantora e a Justiça do Estado de Sergipe proíbe Rita Lee de se ausentar por mais de 30 dias da região em que mora (em São Paulo) sem uma autorização judicial. A proibição é válida por dois anos.
“Ela aceitou essa condição porque nunca fica mais do que dez, 15 dias longe de São Paulo”, disse Carlos Sanseverino, advogado de Rita Lee.
Processo civil
O mesmo episódio rendeu à cantora 35 ações movidas por policiais militares e que correm no 7º Juizado Especial Cível de Aracaju (SE).
Cada ação pede uma indenização R$ 24.880 por danos morais. Somados, os processos reivindicam mais de R$ 800 mil. “Ela incentivou a multidão contra os policiais. Estamos esperando a sentença da juíza”, disse o Tenente Coronel Adolfo Menezes, que comandava 120 policiais no dia do show.