A cantora e compositora Rita Lee anunciou ontem, aos 64 anos, a aposentadoria dos palcos. Após mais de 40 anos de carreira, ela decidiu não mais se apresentar ao vivo.
A decisão foi comunicada ao público durante show na noite de sábado, no Circo Voador, no Rio. Ontem pela manhã, a confirmação foi dada pelo twitter: “Aposento-me de shows, da música nunca. Quem me viu ontem pode bem atestar minha fragilidade física. Saio da cena absolutamente paixonadacocês”.
Rita Lee não falou com a imprensa sobre a decisão. Avessa a entrevistas, limitou-se a, no final da tarde, voltar ao twitter, ferramenta que escolheu para a comunicação com o público. “A palavra aposentadoria tem muitas olheiras, troco por ‘feriaday’: dar-se feriado diariamente”. A cantora tem ainda um show marcado na turnê ETC, que está mantido – será no sábado, 28, na praia Atalaia Nova, em Aracaju.
Saúde – Nos últimos três anos, a cantora tem lidado com problemas físicos que a afastaram por alguns períodos do palco. Em 2009 e 2010, foi submetida a cirurgias por conta de hérnias de disco.
No ano passado, em entrevista a um programa de televisão, afirmou que a “saúde não anda bem” e que a vida que se resumia a sexo, drogas e rock’n roll, “hoje é sexo, yoga e rock’n roll”. Em julho de 2011, ela se submeteu a uma adenomastectomia, cirurgia preventiva dos seios para evitar o câncer de mama.
Ao longo do dia, a decisão da cantora – que lançou seu último disco em 2009 – foi repercutida nas redes sociais por fãs e artistas que celebravam sua carreira e pediam a ela que reconsiderasse a decisão. O compositor Leo Jaime, por exemplo, disse que ela estava “viva e cheia de graça” no palco do Circo Voador, onde se apresentava pela primeira vez. “Você tem que tocar uma vez por mês no Rio. E deixar a gente retribuir um pouco do que você nos deu. Obrigado!”, escreveu ele.
Mutantes – Rita Lee iniciou a carreira no final dos anos 60, em plena efervescência do movimento tropicalista, com Os Mutantes, banda de rock psicodélico que provocou verdadeira revolução na cena pop brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.