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‘Richard Loeb acreditava em super-homem’

Entrevsita: Stephen Dolginoff, dramaturgo americano

Como surgiu a ideia de Pacto?

Eu tinha duas ideias distintas. A primeira era criar um musical baseado em um crime de verdade. A segunda era escrever sobre um relacionamento estranho entre duas pessoas. Acabei concebendo a história de Leopold & Loeb e vi que ela comportava exatamente essas duas ideias.

Acredito que um dos únicos momentos de humor na história é quando Loeb está cantando sobre matar seu irmão para ficar com o seu quarto. Estou certo?

Para mim, é difícil saber como tudo é traduzido. Mas, no original em inglês, há mais momentos de humor negro. Em inglês, quando Richard canta “Não existe nada como um incêndio romântico, quente” depois de colocar fogo em um prédio, normalmente provoca gargalhadas do público. Às vezes, a forte dependência de Nathan desperta risos de simpatia.

Você chegou a temer que a música talvez fosse suave demais considerando o tema da peça?

Acho que a música que compus é extremamente sombria e não a qualificaria como suave de modo nenhum. Além disso, jamais ouvi ou li sobre alguma pessoa que a tenha considerado suave. Acho que a música complementa a história muito bem e ajuda a estabelecer o ritmo da peça.

Você acredita que o fascínio ainda presente sobre o caso Leopold & Loeb se explica não pelo interesse em quem matou, mas por qual motivo?

Exatamente! É por isso que eu me concentro na história da relação entre eles e não apenas no assassinato.

Leopold estava loucamente apaixonado, e o amor, especialmente o amor neurótico, pode nos deixar loucos. Mas o que explica Richard Loeb?

Em minha opinião, do ponto de vista psicológico, Richard era uma pessoa profundamente perturbada, dono de um imenso ego e era venerado por Nathan. Estou certo de que ele realmente acreditava naquilo que leu em Nietzsche.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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