Roma – "Interpretar também é uma droga. Quando os atores se entregam completamente ao personagem, deixam de existir", disse o ator norte-americano Richard Gere em uma entrevista à próxima edição da revista italiana Grazia, que chega amanhã às bancas.

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"Existe uma parte de você que observa de fora e mantém um julgamento artístico sobre aquilo que está fazendo, mas ao mesmo tempo existe alguma coisa dentro de você que te guia e que pode te levar a lugares perigosos, fisicamente e também psicologicamente", continuou o ator.

Em seu mais recente filme, The Hunting Party, inspirado em uma história verídica, Gere interpreta um corajoso jornalista que junto a outros dois colegas inicia uma caçada a um perigoso criminoso de guerra bósnio.

"Conheço o mundo do jornalismo e sabia de que tipo de trabalho se tratava. A característica principal desse personagem é ser como certos policiais, certos doutores que trabalham no pronto socorro, pessoas que têm uma profissão que as levam ao centro da vida e da morte e que se tornam viciadas nesta sensação. Quando li o roteiro percebi que o elenco do filme seria a coisa mais importante, o filme vive no sentimento entre as diversas pessoas, em seus humores, não no roteiro ou na história", acrescentou Gere.

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Ao final da entrevista o ator ainda afirmou: "nunca tive glamour em minha vida, apenas trabalhei como uma besta".