A Playboy está morrendo. E agora?
Edilson Pereira
A revista Playboy corre o risco de não ser mais publicada. Lamentável. A empresa que a publica quer reduzir despesas. Será o fim de uma era. Com tanta sacanagem no Brasil, querem acabar com a revista que inspira a sacanagem mais inocente – o onanismo. Uma geração ergue as mãos para cima e indaga: ‘E agora, o que fazer?‘
Quantas mulheres lindas em sua nudez generosa a revista trouxe! Sônia Braga, Vera Fischer, Gyselle Soares, Bruna Lombardi, Adriane Galisteu. Todas tinham um detalhe que tornava a sua nudez única. Quem não se recorda de Cláudia Ohana, famosa até hoje por sua exuberância capilar? A Playboy faz magias: deixa todo mundo feliz. Até Hortência, do basquete, ficou gostosa na Playboy.
E quem já era, ficou mais ainda.
Quantas Playboy comprei para a ajudar a mãe de uma mocinha que declarava dengosa: ‘Posei nua para pagar a operação da minha mãe‘. Uma moça despida de interesses mesquinhos, nua em sua generosidade, merece a solidariedade masculina. A verdade é que muitos ficarão tristes.
Os homens que admiram a revista, por suas entrevistas e artigos esclarecedores e bem escritos. As mocinhas que se veem ainda mais atraentes e desejadas, porque as novas tecnologias de photoshop são generosas com elas. As velhinhas que precisam de uma operação urgente também perdem mais esta fonte de recursos e justamente numa época em que o sistema de saúde anda ruim e os planos de saúde são precários. E o mercado de imóveis perde a compradora certa de todo mês. A moça da Playboy. Afinal, um cachê para posar nua rende um apartamento, um carrinho, movimentava a economia. O que posso dizer é que se a Playboy acabar, é sinal de que o Brasil não está nada bem.