Restaurantes têm cardápio dedicado a autores da Bienal

Começa hoje para convidados e amanhã, para o público, a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. E entre as novidades deste ano, uma que já está gerando repercussão é o Cozinhando com Palavras, atividade que mesclará chefs de cozinha conceituados, críticos gastronômicos, profissionais da área e visitantes apaixonados pela cozinha. Tudo isso para falar sobre a união entre literatura e gastronomia. No Pavilhão de Exposições do Anhembi – onde é realizada a Bienal -, haverá um espaço montado exclusivamente para o evento, com uma cozinha-show onde acontecerão preparações de pratos nos workshops e discussões sobre gastronomia. Entre os chefs participantes estão Allan Vila Espejo, Yann Corderon, Claude Troisgros e Bruno Stippe.

Mas essa programação gastronômica não ficará apenas no limite da Bienal. Dezessete restaurantes da cidade também participarão do maior evento literário do País, com homenagens a grandes mestres da literatura, como Monteiro Lobato, Vinicius de Moraes, Jorge Amado, Miguel de Cervantes e Eça de Queiroz. Para a chef do Bar Dona Onça – uma das casas que participam do projeto -, Janaína Rueda, 35 anos, um evento como esse desperta a curiosidade dos clientes em visitar o restaurante, conhecer mais sobre o escritor homenageado e ter algum contato com os “autores gastronômicos”: os cozinheiros que criaram os pratos. No Dona Onça, o homenageado é Vinicius de Moraes, que será lembrado em cinco pratos e uma sobremesa. “Nosso bar fica no Centro, local dos boêmios. E Vinicius sem dúvida era um destes”, diz Rueda.

Muitos autores citaram nomes e receitas de pratos em suas obras. Um dos mais conhecidos é Monteiro Lobato, que será homenageado na Mercearia do Conde, no Jardim Paulistano. A chef da casa, Flávia Mariotto, 49 anos, elaborou um cardápio baseado em receitas do livro À Mesa com Monteiro Lobato, de Márcia Camargos e Vladimir Sacchetta, da série A Mesa Brasileira. O menu traz delícias como bolinho caipira (R$ 15), costela assada (R$ 47), virado de feijão (R$ 49) e pudins de veludo (R$ 16) e bolinhos de chuva com café. “No Sítio do Picapau Amarelo (obra de Monteiro Lobato), quem cozinhava era a Tia Nastácia. Na Mercearia, sou eu”, diz Flávia.

O clássico da literatura universal Dom Quixote de la Mancha, do espanhol Miguel de Cervantes, foi a inspiração da chef do restaurante Dui, Bel Coelho, 33 anos. “Acho sempre interessante usar alguma outra arte como inspiração para as minhas receitas. A literatura, talvez, seja a mais rica fonte de inspirações para um cozinheiro”. As informações são do Jornal da Tarde.

21ª Bienal Internacional do Livro. De amanhã a dia 21, das 10h às 22h. Dia 22, até as 20h. Pavilhão de Exposições do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209). R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Grátis para menores de 12 e maiores de 60. www.bienaldolivrosp.com.br

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