A Camerata Antiqua de Curitiba apresenta neste fim de semana uma das obras mais polêmicas de Wolfgang Amadeus Mozart, o Réquiem (KV 626), sob a regência do maestro e compositor paulista Aylton Escobar. O concerto acontece nesta sexta-feira (27), às 20h, e no sábado (28), às 18h30, no Canal da Música. A apresentação é promovida pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC), com patrocínio da Volvo.
Para a apresentação da obra, a Camerata Antiqua de Curitiba, composta por 32 músicos, foi ampliada. Além de dez instrumentistas e sete coralistas convidados, a Camerata ainda terá a participação de quatro solistas de carreira internacional. Integram o espetáculo os cantores Adélia Issa (soprano), Adriana Clis (mezzo-soprano), Marcos Thadeu (tenor) e Francisco Meira (baixo).
A peça de Mozart, Réquiem, é uma missa fúnebre cercada de mistérios. Existem inúmeras versões a respeito da criação dessa missa, sendo a mais conhecida a que foi exibida no filme "Amadeus". Conta a história que a obra – uma missa pelos mortos realizada pela igreja católica romana da época – foi solicitada em 1791, pelo conde Walsegg zu Stuppach.
Mozart aceitou a encomenda e para muitos dizia que estava compondo o seu canto de morte. Foi o que aconteceu. Mozart morreu antes de terminar a obra. Segundo os relatos, Franz-Xaver Süssmayr, aluno do compositor, ficou encarregado de concluir o trabalho, a pedido da viúva de Mozart, Constanze.
A missa de Mozart é composta das partes Introitus: Réquiem, Dies Irae, Tuba Mirum, Rex Tremendae, Recordare, Confutatis, Lacriminosa, Domine Jesu, Hostias, Sanctus Dominus e Benedictus. Consta que o Réquiem foi executado pela primeira vez em 2 de janeiro de 1793, em uma audição organizada em Viena, Áustria, pelo barão de Sweieten. Em 14 de dezembro do mesmo ano, a obra foi apresentada em Wiener Neustadt, a pedido do conde Walsegg zu Stuppach.