Renata Simões admite que sempre foi "arroz de festa". Desde que completou seus 18 anos, a moça não dispensa um evento social noturno. E foi justamente o fato de adorar uma farra que a fez aceitar de olhos fechados o convite da direção do Multishow para comandar o Revista Balada. O programa, que vai ao ar toda terça-feira às 22 h, mostra as tendências das tribos que não dispensam um bom agito e também as novidades da música, moda, arte e tecnologia, que envolvem a noite nas grandes capitais brasileiras. "Não é todo dia que surge uma oportunidade de conciliar prazer ao trabalho", vibra a apresentadora de 26 anos.
Embora se sinta bem à vontade com as pautas do programa, a jornalista é extremamente criteriosa na hora de escolher o tema a ser retratado no programa. Só aprova uma pauta depois de fazer uma boa pesquisa de campo e de verificar a veracidade de cada assunto. Isso porque acredita que essa é a única maneira de o produto sair com qualidade. "Assim, consigo despertar o interesse dos adeptos à vida noturna e também dos que não pertencem a esse universo", torce.
Outra característica de Renata é se envolver com todos os processos do programa. Ela não só sugere pautas, como produz a matéria e ainda ajuda a editar. Aliás, essa liberdade editorial foi o que mais lhe atraiu no canal, já que a apresentadora considera importante que um profissional seja completo. Até porque, caso aconteça algum imprevisto, ela mesma pode resolver o problema. "O trabalho não pode parar porque alguém ficou doente. Mas é claro que quando a equipe está completa o resultado final é bem melhor", pondera. Depois que começou a participar de todas as etapas do programa, a apresentadora mudou até de postura perante às câmaras. No Revista Programa-se, produção da qual participava fazendo matérias, do Multishow, Renata falava bem mais rápido e não era tão objetiva. Hoje, além de se sentir mais segura, consegue desenvolver o trabalho em um prazo menor e com mais qualidade, numa conquista gradual. "Quando vou acompanhar a edição, anoto todas as coisas que tenho de melhorar. Quero me aprimorar cada vez mais", afirma.
E pensar que por pouco Renata não recuou do teste para repórter do Vídeo Show. Na época, era produtora do programa e não se imaginava em outro cargo. Mas ,por insistência dos seus colegas, topou fazer. A prova de fogo foi uma entrevista com o ator Marcos Pasquim. "Como produtora já tinha feito várias parecidas. Mas a diferença era que não aparecia…", lembra. Mas bastou fazer a primeira matéria para Renata não querer mais outra coisa. Até porque é no programa da Globo que a apresentadora realizou suas reportagens preferidas. Não sai da sua memória, por exemplo, o dia em que o carro da equipe atolou no meio do mato, quando iam produzir uma matéria com o ator Tony Tornado em uma caverna cheia de morcegos. "A gente teve de empurrar o carro no meio da lama. Acabou que a reportagem se resumiu no nosso perrengue", recorda aos risos.
Mas as adversidades não aconteceram só na Globo. Há poucos dias, Renata passou por alguns "apuros" em uma festa, onde fez a primeira matéria do Revista Balada. Além do lugar estar lotado, todas as pessoas em que esbarrava pela frente se empolgavam com a presença da câmara e não a deixavam sequer terminar uma frase. "Como o povo está literalmente na farra, fica difícil explicar que estou ali para trabalhar. Mas com jeitinho tudo dá certo no final", explica.