A jornalista Renata Capucci se considera “sem-vergonha” por natureza. Mas isso não quer dizer, absolutamente, que a repórter do De Olho no Big Brother não tenha pudor ou brio. Significa apenas que, se fosse tímida ou encabulada, jamais teria escolhido fazer televisão. Muito pelo contrário. Para trabalhar no veículo, reconhece, é preciso ter uma certa cara-de-pau.
Desde que foi convidada para apresentar os flashes do De Olho no Big Brother, ainda durante a primeira edição do reality-show, Renata Capucci tem exercitado este lado cara-de-pau toda vez que sai às ruas. Nessas horas, a jornalista repercute com o público de todo o Brasil o dia-a-dia dentro da casa do BBB. “O mais legal é poder dar asas à imaginação do povo, que se sente à vontade para dar sua bronca, fazer uma gracinha qualquer, etc. A reação do público, posso garantir, é sempre imprevisível”, garante.
Até hoje, Renata não sabe explicar direito por que ela foi a escolhida para apresentar o De Olho no Big Brother. Na dúvida, arrisca um palpite: “Para fazer esse tipo de trabalho, você precisa ter o máximo de jogo de cintura”. E jogo de cintura é o que não falta a essa carioca de 31 anos. Quando algum transeunte menos espirituoso não se mostra muito inclinado a participar da brincadeira, ela logo apela para a indefectível simpatia. Com um sorriso nos lábios, envolve o entrevistado num longo abraço e, sem a menor cerimônia, pergunta: “Ah, fala sério, meu amigo, conta para mim a verdade…”. “O programa permite essa descontração. Lógico que não vou sair dando beijinho em todo mundo, mas o grau de intimidade é maior”, justifica.
Mas não é sempre que Renata Capucci precisa usar de jogo de cintura para angariar a simpatia do público. Na maioria das vezes, quando a van com a reportagem do BBB pára numa rua qualquer da cidade, a comoção é geral. No dia da finalíssima da primeira edição, a comoção das comoções aconteceu na Praça Saens Peña, na Tijuca, zona norte do Rio. “A gente teve de organizar fila. Todo mundo queria votar. A fila ficou imeeeensa!”, brinca. Entre um voto e outro, o público aproveitou para tirar fotos e pedir autógrafos para a própria Renata Capucci. “Não há nada mais gostoso do que o reconhecimento das pessoas. Esse reconhecimento, pode ter certeza, é melhor do que qualquer salário que você receba no fim do mês”, assegura.
O envolvimento de Renata Capucci com o “BBB” não se resume aos três flashes diários do De Olho no Big Brother. À noite, ela também não consegue se desligar do trabalho. A primeira coisa que faz quando chega em casa é acompanhar o programa pelo “pay-per-view”. “Meu marido fica enlouquecido!”, brinca.
Desde que estreou na Globo em 1995, Renata Capucci já apresentou diversos telejornais, como Hoje e Bom Dia Brasil, e fez reportagens para Jornal Nacional e Fantástico. Em 1999, por exemplo, encarou a maratona de narrar o desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio, ao lado de Fernando Vanucci. Quando recebeu o convite para apresentar o De Olho no Big Brother, adorou a novidade. “É lógico que o ?BBB? é um produto comercial que busca a audiência. Mas é quase impossível dar errado algo que é feito com tanto amor”, defende.