Raspar o cabelo não é tão dramático assim

Se a cabeleira de Marina Ruy Barbosa vai ficar intacta, para desgosto do autor Walcyr Carrasco, que pretendia vê-la careca para dar veracidade ao drama da personagem Nicole, com câncer, em Viver à vida, quem já passou por isso garante que não vale o drama que Marina protagonizou nas últimas duas semanas.

Muito antes de pagar peitinho em fotos pela internet, Carolina Dickeman ganhou destaque em Laços de Família, onde sua personagem passava por um tratamento contra o câncer e tinha de raspar os cabelos. A cena comovente entrou para o hall da fama das novelas brasileiras. Depois da repercussão a atriz ganhou um novo status na Globo e passou a ser protagonista das novelas.

Algumas das mais belas atrizes internacionais também se renderam à “careca”. Sigourney Weaver em Alien 3. A atriz Natalie Portman ficou sem cabelo para interpretar Evey na adaptação dos quadrinhos V de Vingança para os cinemas. Anne Hathaway raspou os cabelos para o filme Os Miseráveis. Com sua atuação, ela conquistou o Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Tudo pela arte

Larissa Maciel, raspou as madeixas para viver a egípcia Sati em José do Egito, da Record, no início do ano. “Raspei convicta de que ia ser bacana para a Sati. Era uma coisa que os egípcios faziam. Teria a opção de usar maquiagem e não precisar raspar. Mas gosto de me entregar. Queria ter toda a liberdade de fazer sem me preocupar com o recurso técnico. Amei a experiência toda. E continuei me sentindo bonita. Recebi muito elogio e cantada dos homens. Não foi uma coisa ruim”.

Camila Morgado fez o mesmo para ser Olga Benário no filme Olga, em 2004. “Quando fui chamada para fazer a Olga, sabia que teria que raspar a cabeça. Sempre tive vontade, mas nunca tinha tido coragem. Foi uma ótima oportunidade. Sempre tive curiosidade de ver como ficaria careca. Não parei para pensar que rasparia porque estava realmente voltada para o trabalho. “Olga” era um filme que me tomava muito. Mas foi ótimo. Quando você está mesmo envolvida com o trabalho, você se doa”.

Bruna di Túlio, a Sônia em Máscaras, da Record, em 2012, também passou máquina zero. “Sempre levantei uma bandeira que pela minha profissão mudaria o visual. Acho que é até um presente que a gente tem, experimentar vários cabelos, cores. Por causa da profissão já fui loira, ruiva, morena. Pessoalmente, foi uma experiência incrível porque acho que nós mulheres temos muita vaidade com o cabelo. Mas descobri a graça de não ter cabelo”.

Babi Rossi, raspou a cabeça ao vivo, durante o Pânico na Band, em abril de 2012. Foi pega de surpresa com o desafio e chorou muito. “Não me preparei. Além disso, não fui remunerada para raspar a cabeça, ao contrário do que dizem. Não foi algo pensado, algo que fiz para mudar a minha vida financeiramente. Fiz no susto. Depois é complicado: chegar em casa de lenço na cabeça, não ter que usar secador, hidratar os cabelos. E ainda tem a adaptação em se aceitar, de olhar no espelho e às vezes não se reconhecer”.

Divulgação
Camila Morgado em Olga.
Divulgação
Natalie Portman, V de Vingança.
Divulgação
Larissa Maciel, José do Egito.
Divulgação
Anne Hathaway, Os Miseráveis.
Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna