O Rammstein – que toca em São Paulo na quarta-feira, 7, como headliner do Maximus Festival, no Autódromo de Interlagos – é um caso raro de banda que nunca alterou um único integrante, e agora já se vão 22 anos, seis discos, dois Grammys e milhões de fãs ao redor do mundo, com o mesmo sexteto. “O maior desafio é ser um cara de 50 anos e estar num grupo de seis pessoas que funciona como uma democracia que criamos”, diz à reportagem, de Berlim, o guitarrista Richard Z. Kruspe. “E se não funcionar, sempre podemos tomar um pouco de MDMA e amar uns aos outros”, ri.

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A banda alemã praticamente criou um subgênero do hard rock ao mesclar elementos do metal alternativo com o aspecto industrial da new wave alemã, quase sempre com letras no idioma germânico – uma das exceções é a nada sutil Te Quiero Puta!, em espanhol, de 2005, que encerrou o show no Chile que a banda fez no último sábado, 3. A apresentação mais recente no Brasil foi em 2010 – na turnê do último disco do Rammstein até hoje, Liebe ist für alle da (O amor é para todos), de 2009.

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“Desenvolvemos uma nova luz para o show, novos fatos, uma nova lista de canções que sentimos mais adequadas para o momento”, afirma Kruspe.

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Desde setembro de 2015, a banda também trabalha em um novo disco de músicas inéditas, mas o guitarrista prefere não dar nenhuma garantia. “O Rammstein não precisa se encaixar em nenhum padrão, o que significa que não temos obrigatoriamente que fazer um disco. Não queremos pressão. Há tanta música no mundo, de qualquer jeito, ninguém precisa de outro álbum”, compara.

Mas ele diz que as experiências recentes com o grupo no estúdio têm sido boas. “Vamos continuar a nos encontrar em outubro e retomar. Não há contrato, não há um dia marcado, nós só vamos reunir e ver se termos material”, informa. Ele acredita que a ausência dos contratos que exigem discos anuais dos artistas é um dos bons aspectos na transformação da indústria musical desde o início do século. “As coisas são mais abertas, não é ‘fazer-um-disco-sair-em-turnê’ o tempo todo.” Sem receios de abordar temas polêmicos nas canções da banda, Kruspe se esquiva quando questionado sobre qual vai ser a polêmica da vez. “Não tenho como dizer, nem nós sabemos.”

O Rammstein é o principal nome da primeira edição do Maximus Festival. Marilyn Manson, Disturbed, Bullet For My Valentine, Halestorm também são algumas das 15 atrações – quatro delas bandas brasileiras: Project 46, Far From Alaska, Woslom e Ego Kill Talent. Os ingressos custam R$ 440 (pista) e R$ 800 (no Maximus Lounge, com open bar, snacks e estacionamento).

MAXIMUS FESTIVAL

Autódromo de Interlagos. Av. Sen. Teotônio Vilela, 261. 4ª, 7/9. Portões: 10h30. Shows: 12h30.

R$ 440 / R$ 800.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.