A cantora Carmélia Alves, que ajudou a estender o domínio popular do baião pela década de 1950 e ganhou o epíteto de “rainha do baião”, morreu ontem (03), por volta das 22h30, aos 89 anos, em decorrência de uma falência múltipla de órgãos.
A informação foi confirmada pelo Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde a cantora estava internada há aproximadamente um mês. O velório aconteceu hoje na capela do Retiro dos Artistas, onde a cantora vivia há dois anos.
O ator Stepan Nercessian, presidente do Retiro dos Artistas, escreveu no Twitter que o enterro seria realizado na tarde de hoje no cemitério do Pechincha, na capital fluminense.
Nascida em fevereiro de 1923 no Rio de Janeiro, Carmélia começou sua carreira artística nos anos 1940, quando foi contratada para apresentar-se no programa “Picolino” cantando músicas de Carmen Miranda.
Depois, foi contratada pela rádio Mayrink Veiga e ganhou um programa semanal. Mais tarde, participou de programas na rádio Nacional e na rádio Fluminense. Apresentou-se também no hotel Copacabana Palace e, por seu desempenho, foi eleita “a melhor crooner” do Rio.
Em 1943, gravou seu primeiro disco, do qual participaram, no coro, artistas como Elizeth Cardoso e Nélson Gonçalves. O baião “Sabiá na Gaiola” lhe fez conhecida no país todo. Em 1977, fez com Luiz Gonzaga um show para 3 mil pessoas no Rio. Ao todo, lançou mais de 50 discos.