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Rainer Cadete está em cartaz com a peça ‘A Camisa e o Louco’

Rosto conhecido na tela da TV, o ator Rainer é do tipo que se desdobra na profissão, deixando sua marca nas várias mídias. Seus primeiros trabalhos foram em teatro, mas, claro, ao surgir na telinha, ele acabou descoberto pelo grande público. Seu mais recente trabalho no tablado estreou na sexta-feira, 10, no Teatro Renaissance, em São Paulo. É o espetáculo A Camisa e o Louco, que traz ainda no elenco Rosi Campos, Ricardo Dantas, Priscilla Squeff e Dudu Pelizzari. Com texto do argentino Nélson Valente, o espetáculo é dirigido por Elias Andreato e conta a história de uma família, formada por um pai violento, uma mãe submissa, um filho discriminado por ser portador da síndrome de Asperger. No elenco, além de Rainer, que interpreta Beto, esse filho discriminado, tem Rosi Campos, como Matilde, a mãe, Priscilla Squeff, que vive Maria Pia, Ricardo Dantas, o Jose, o pai, e Dudu Pelizzari, o Mariano.

Sobre o enredo da peça, que propicia esse debate sobre temas atuais, Rainer diz ser muito importante levar esses assuntos até o público. “Acredito que, independentemente do tipo de formação de uma família, é bem importante que exista respeito entre todos, afinal, o amor entre os familiares deve ser movido por alegria e celebração, nunca de opressão e violência”, afirma o ator, que ainda enfatiza essa caracterização da loucura. “Hoje em dia, quem leva uma vida na cidade grande, acaba levando uma vida louca. São remédios para dormir, para alergia, energéticos para acordar. Os verdadeiros loucos estão fora dos hospícios, andando pelas ruas. Estou hospedado em um hotel localizado na Avenida Paulista e sei que lá tem vários (risos), inclusive, eles têm sido minha principal fonte de inspiração para construir meu personagem”, revela.

Como outros colegas de profissão, o brasiliense Rainer Cadete tem um critério particular para aceitar os papéis que lhe são oferecidos. “Sempre que aparece um personagem, eu penso em como ele pode afetar a vida de quem vai assistir à peça. Para mim, é importante que eu possa me envolver emocionalmente e, ao mesmo tempo, conseguir emocionar o espectador com aquela história”, conta. “E o lugar do Beto, dentro dessa família supostamente tradicional, aponta para diversas questões que geralmente todos tentam abafar, jogar para debaixo do tapete. Na história da peça, ele acaba sendo uma lanterna que vai fazendo todos olharem para as suas sombras”, esclarece o ator.

Provando sua versatilidade, e seu trânsito pelas telas, Rainer integra o elenco da segunda temporada da série (Des)Encontros, do canal Sony e criada por Rodrigo Bernardo, que também assina a direção ao lado da diretora Isabel Valiante. Trata-se de uma comédia romântica, que mostra diversos casais na busca incessante pelo amor. “Eu interpreto Felipe, que é um arquiteto que sonha em construir obras relevantes para a sociedade e para as pessoas, além de ter o desejo de construir uma família”, explica o ator, deixando claro que o tema da produção é exatamente esses desencontros das pessoas, que podem gerar novos encontros. E, para viver esse profissional tão sonhador, Rainer conta como foi sua preparação. “Eu conversei com alguns amigos arquitetos, queria saber qual a relação deles com a estética e a beleza.” Mas, antes disso, ele conta que foram feitos alguns encontros. “Nesse período, realizamos alguns exercícios, que serviram para entrarmos de corpo, alma e coração na história. Essas são técnicas que, certamente, vou usar na minha vida.”

E a série proporcionou também ao ator, além de toda a experiência cênica, a satisfação de contracenar com um amigo especial. “O reencontro com Gil Coelho foi incrível, tivemos um início de carreira juntos, tínhamos nossos sonhos, bem especial contracenar com ele nesse momento”, afirma ainda Rainer, que conta ser Gil o seu par em (Des)Encontros. A série, aliás, pode ser conferida no canal Sony, que iniciará na semana que vem a reprise dos episódios, que também estão disponíveis na plataforma de streaming Now.

Projetos

O rapaz tem uma agenda invejável. E avisa que tem feito o que tanto sonhou, que é cinema. “Eu filmei dois longas, que devem estrear em breve. Um deles é Intervenção, que é dirigido por Caio Cobra, e o outro é Cine Hollyúdi 2 – A Chibata Sideral, com direção de Halder Gomes, sendo que eu já havia participado do primeiro.” O ator mostra todo o carinho que tem pela sétima arte. “Estou gostando bastante de fazer cinema. No ano passado, eu fiz o Polícia Federal – A Lei É para Todos, que foi um dos mais vistos.”

Ele fala também, com empolgação, do documentário que fez em Cuba. “É um reality sobre viagens”, avisa o ator, que disse ter se espantando ao andar pelas ruas do país. “O cinema leva você para o mundo e, para minha surpresa, eu fui bem mais abordado em Cuba do que aqui. É que lá, acabou de passar a novela Amor à Vida, que lá se chama Rastros de Mentira. Eu não podia dar dois passos tranquilo”, contou o divertido ator. “É interessante ver como o nosso audiovisual leva nossa cultura para outros países”, acrescentou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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