Um dos principais nomes da literatura brasileira, Raduan Nassar, 80 anos, venceu, nesta segunda-feira, 30, o Prêmio Camões. Esta foi a segunda vez que o vencedor foi escolhido por unanimidade – a portuguesa Hélia Correia foi a primeira – e o júri destacou “a extraordinária qualidade da sua linguagem” e a “força poética da sua prosa”. Mais importante prêmio da literatura lusófona, o Camões paga ao ganhador 100 mil euros.

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Autor das obras-primas Lavoura Arcaica (1975) e Um Copo de Cólera (1978), Nassar há muito se retirou da vida literária. Mas voltou em 2012 para uma homenagem que recebeu na Balada Literária. Apenas ouviu e sorriu. Mais recentemente, foi a Brasília com um grupo de artistas para demonstrar apoio à presidente Dilma Roussef. E falou.

O júri foi composto pela professora e ensaísta Paula Morão e o poeta e colunista Pedro Mexia, os professores universitários, críticos e escritores brasileiros Flora Süssekind e Sérgio Alcides do Amaral, o escritor moçambicano Lourenço do Rosário, reitor da Universidade Politécnica de Maputo, e a ensaísta são-tomense Inocência Mata.

O Prêmio Camões já premiou os seguintes brasileiros com João Cabral de Melo Neto, em 1990, e inclui Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), António Cândido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010), Dalton Trevisan (2012) e Alberto da Costa e Silva (2014).

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