Aos poucos, com a nova programação e uma linha editorial focada no interesse do cidadão, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro recupera o charme de uma das mais importantes emissoras de rádio da América Latina, que legou para a televisão modelos de dramaturgia, jornalismo e entretenimento.
Os tempos são outros, o ritmo de vida no Rio de Janeiro é outro, mas a identificação com o público é a mesma. Os novos programas de auditório lotados mostram que o caminho traçado pelos atuais diretores leva ao redescobrimento da Emissora da Praça Mauá, que gerou grandes nomes para a cultural nacional.
Um desses nomes foi o de Emilinha Borba, que faleceu na semana passada. Durante 27 anos, a cantora integrou o quadro de artistas contratados da Rádio Nacional, onde se tornou a mais popular do Brasil, a Favorita da Marinha, a Rainha do Rádio.
Emilinha esteve presente na inauguração das novas instalações da Rádio Nacional em 2004, cantou no auditório reformado, brincou com o público, falou do seu amor pela emissora e lembrou dos tempos de rivalidade entre seus fãs e os da cantora Marlene.
Ela foi velada por milhares de fãs no Palácio Pedro Ernesto, sede do poder legislativo municipal. A Rádio Nacional dedicou toda uma programação especial à cantora.
O corpo de Emilinha foi levado para o Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, em carro aberto do Corpo de Bombeiros. No percurso, o veículo parou em frente ao prédio da Rádio Nacional, na Praça Mauá, onde os funcionários da casa, os fãs e a população carioca prestaram as últimas homenagens a Emilinha Borba.