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‘Queria refletir sobre a minha experiência de expatriado’

Entrevista: Nadav Lapid, cineasta israelense

Foi por ser parcialmente biográfico que seu filme foi tão difícil?

Eram coisas que queria dizer, refletir sobre a minha experiência de expatriado na França. Claro que isso mexe com você, mas quando falei nos problemas pensava em outras coisas. Minha mãe, que era minha montadora, morreu durante o processo. Fiquei perdido, e quando retomei o trabalho sentia-me meio paralisado, pensando no que ela faria. Até hoje penso muito nela, no filme que estávamos construindo juntos e que ela não pôde concluir.

O filme deixa clara sua atração pela língua francesa. Por que?

Minha família era ligada ao cinema. Filmes faziam parte do meu cotidiano. Lembro-me de comprar a revista Cahiers du Cinéma e ficar olhando, folheando, tentando entender. Quando parti para o mundo, para me descobrir, a França me pareceu o destino natural. Restava dominar a língua, como o filme mostra.

Quando lhe disse que era do Brasil e ia recomendar seu filme para amigos distribuidores, você pareceu entusiasmado. Por que?

Porque meu sonho sempre foi conhecer o Brasil. Seu país, com todas as contradições, me atrai muito. Gostaria muito de ir mostrar pessoalmente Synonymes aos brasileiros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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