Em entrevista exclusiva, o diretor Bill Condon explicou suas escolhas:
Você disse que esta é uma versão da história para 2017. Qual foi sua abordagem para que isso acontecesse?
Embora esses personagens vivessem quase 400 anos atrás, queria que o filme tivesse relevância, principalmente com a Bela. Ela tem um lado ativista que parece mais contemporâneo. Obviamente, a maneira como Gaston consegue usar o medo das pessoas para transformá-lo em agressão e violência é relevante. Esse medo do desconhecido. E estava tudo lá no musical.
Hoje, muita gente olha criticamente para os contos de fada.
Sim, com certeza, especialmente em relação à questão da síndrome de Estocolmo, de Bela se apaixonar por seu sequestrador. Essa versão já tinha sido utilizada. Então achava importante adaptar a situação e algumas escolhas de Bela para tornar evidente que ela não ia se apaixonar pela Fera. Quando a Fera pergunta, depois de eles terem uma conexão na cena do baile, se Bela poderia algum dia ser feliz ali, sua resposta é: “Alguém pode ser feliz sem ser livre?”. E isso faz com que ele perceba que não pode nem colocar a pergunta até que os termos sejam diferentes. Foi uma mudança importante.
Está arrependido de ter comentado sobre a homossexualidade de Le Fou?
Não foi uma minha escolha falar sobre o assunto. Queria que as pessoas descobrissem quando assistissem ao filme. Agora mesmo, queria que as pessoas vissem para só então comentar.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.