A nação das cantoras tem vozes para acordar uma galáxia. Elas são muitas e estão sempre chegando. Sem pressa nem compromisso comercial, vindos do fim de 2008, ainda por “acontecer”, estão aí para ser apreciados os álbuns das paulistas Dani Gurgel e Cris Aflalo, da mineira Mariana Nunes e da gaúcha Marisa Rotenberg, repletos de boas ideias. As quatro, coincidentemente, estão no segundo trabalho e confirmam o talento revelado nas promissoras estreias.

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Além de trabalharem em esquema independente, todas têm em comum o fato de apostar em compositores contemporâneos seus, com uma ou outra revisão pessoal do cancioneiro de outras gerações, como fazem Mariana e Cris. Há um senso de coletividade que se expressa nas produções atuais, das quais essas cantoras são catalisadoras, e que Dani já manifesta no título de seu CD, Nosso.

Marisa Rotenberg teve a oportunidade de trabalhar no Rio. O contato com músicos cariocas e visitantes foi determinante não só para o resultado do CD Boa Hora (produzido por Gastão Villeroy e Eugênio Dale), mas para abrir seus horizontes sonoros no geral. Já o criativo Flávio Henrique é da turma de Mariana Nunes e seu nome predomina no bonito CD A Luz É Como a Água, do qual foi o produtor, arranjador e autor de algumas faixas. Cris Aflalo estreou em disco com o ótimo Só Xerêm dedicado à obra de seu avô. Mais urbana do que regional, ela revela sua bem-vinda porção compositora em 4 das 11 faixas.

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