Será neste sábado, dia 12, às 20h30, no Guairinha, o concerto de lançamento do CD Música de cena, do Quarteto Iguaçu com a soprano Luiza Wuaden. Este é o quinto disco na carreira do grupo e o primeiro com a participação de uma cantora. Os ingressos – R$ 20,00 com direito a um CD, e R$ 10,00 para estudantes – estão à venda na bilheteria do teatro e na rede de farmácias Farmais.
?Cada disco que a gente faz tem uma linguagem diferente. Há tempos queria produzir um só de árias de ópera?, conta o violista José Maria Magalhães, fundador do quarteto. O projeto tomou impulso quando conheceu Luiza Wuaden, soprano de 15 anos de idade. ?Vi nela um talento promissor?, afirma.
Aluna de Neyde Thomaz, referência nacional no canto lírico, Luiza Wuaden ingressou na carreira por opção própria, sem influências da família. ?Nunca imaginei que tão cedo estaria gravando um disco?, ela diz. ?É uma grande responsabilidade, bem como cantar em teatro.?
Quarteto Iguaçu
Formado em 1984 o Quarteto Iguaçu atravessou estes 23 anos movido pelo idealismo, porque os entraves são muitos e os incentivos nem tanto. ?Não temos política cultural no Paraná, seja ela estadual ou municipal. Até para tocar é muito difícil, a burocracia é gigantesca?, reclama José Maria.
Em contrapartida, quando uma atração como essa chega aos palcos, há o retorno do público. ?As pessoas apreciam a música bem executada, e nós procuramos fazer o melhor possível?, afirma o violista. ?Veja só como o curitibano aprecia os clássicos: metade da platéia do Guairinha estava vendida mais de uma semana antes do espetáculo.?
Para o instrumentista um dos problemas está no desconhecimento do público sobre o quarteto. ?O nosso som é desconhecido, embora tenha qualidade. Sem podermos nos apresentar como gostaríamos, fica difícil atingir uma faixa maior de ouvintes. Mas quem tem contato com o nosso trabalho, aprecia bastante?, explica.
Atuando nas vertentes erudita e popular, o Quarteto Iguaçu tem planos de lançar novos CDs, sendo alguns temáticos, como um só de frevo, outro somente com músicas de raiz, escritas por compositores novos, de característica regionalista. Também existe a idéia de lançar arranjadores e compositores novos e desconhecidos. ?Gente nova na música fica à margem, não tem quem toque?, fala José Maria.