Madonna parecia seguir à risca o roteiro de sempre no show de sábado à noite (20) no Morumbi. Mesmo o atraso das apresentações anteriores no Brasil foi mantido – ela surgiu de sobrancelha erguida no trono pouco depois das 21h30. Mas a noite era de surpresas. Quem começou a quebrar o protocolo foi o público. Pouco antes da abertura do show, comandada pelo DJ Paul Oakenfold, a multidão esqueceu por instantes da cantora pop e ajudou a prender um ladrão. Madonna, por sua vez, foi calorosa e interagiu como nunca nesta passagem pelo Brasil.

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Ainda não eram 20 horas quando um rapaz de mochila preta nas costas furtou uma pessoa na arquibancada vermelha, do lado esquerdo do palco. Quem estava por perto começou a gritar, enquanto o ladrão corria sozinho entre o público. A ação não demorou cinco minutos, até que seguranças conseguiram deter o assaltante, já no final da arquibancada. A platéia comemorou. O Estado procurou as polícias Civil e Militar, mas até as 23 horas não havia informações sobre a identidade do assaltante nem registro de boletim de ocorrência.

Passado o episódio, todos os gritos eram para Madonna. O público de sábado foi mais numeroso do que o de quinta-feira. Segundo estimativa da organização, os 70 mil lugares do estádio estavam ocupados. O número oficial não foi divulgado.

O público não se importou com os erros cometidos em algumas canções – as improvisações fazem crer que a musa quis dar uma resposta aos que a acusaram de fazer playback. O ponto alto veio depois de La Isla Bonita. Assim que terminou a canção, Madonna disse, em inglês: “Eu estou muito triste porque amanhã é o último dia de show da turnê (Sticky and Sweet). Mas, ao mesmo tempo, eu estou muito feliz porque vai ser em São Paulo.” O Morumbi estremeceu. “É a melhor platéia que já tive”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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