Público poderá visitar gratuitamente as obras de Traple no Palácio Iguaçu

O público tem até agosto para ver gratuitamente, no Palácio Iguaçu, a exposição individual Estanislau Traple (1898 ? 1958). A mostra foi produzida e organizada pelo Museu Oscar Niemeyer e esta em exibição no Grande Salão, no hall de entrada do Palácio, de segunda a sexta-feira, em horário comercial. A visitação conta com a orientação de um monitor designado pelo Museu, das 9h às 18h, com intervalo para almoço das 12h às 13h. Para quem nunca foi ao prédio do governo estadual, esta é também uma oportunidade para conhecer o Palácio Iguaçu, um espaço alternativo para exposições em Curitiba.

O principal objetivo da direção do Museu em apresentar exposições em outros espaços é o de difundir e valorizar artistas que desenvolveram suas produções no Estado. A exposição já apresentada no próprio Museu Oscar Niemeyer, entre março e abril deste ano, passou por adaptações. Nesta, o número de obras em exibição é de aproximadamente 100. ?Toda a produção foi modificada e ficou tão atrativa como a mostra no Museu?, explicou Suely Deschermayer, que divide a curadoria com Domício Pedroso.

Entre os mais destacados mestres da pintura no Paraná, Traple teve seu nome consagrado pela profunda dedicação ao desenho e à pintura. O artista também empregou grande parte de seu talento no ensino artístico. E foi como mestre que Traple transmitiu o seu domínio técnico na representação de figuras, como retratos e nus, seus gêneros prediletos. Outra característica marcante de sua produção foi a intensa exploração dos símbolos da paisagem paranaense e catarinense, onde viveu parte de sua vida.

De acordo com os curadores, a mostra faz uma retrospectiva da produção de Traple, desde o período em que era aluno de Alfredo Andersen. É consenso dos que estudaram sua obra, que entre os discípulos e seguidores de Alfredo Andersen, Traple foi o que mais se moldou ao estilo do mestre. Andersen é considerado o ?pai? da arte paranaense.

A exposição apresenta com ênfase os retratos e os nus, que eram seus gêneros prediletos, além de paisagens, naturezas-mortas e desenhos, nas mais variadas técnicas que utilizou como pintura a óleo e pastel. As obras foram selecionadas entre o acervo particular da família, de colecionadores e do Museu.

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