Um público estimado em 110 mil pessoas, que assistiram a mais de 200 peças. Estes são os principais números do Festival de Teatro de Curitiba ? Edição 2006, revelados em entrevista coletiva concedida por Victor Aronis, diretor geral do evento, no dia 24 de março. O diretor salientou que o FTC é um reflexo da realidade brasileira, e que, com um orçamento atual de R$ 2,5 milhões, deverá manter o formato nas próximas edições. Ou seja, um número crescente de peças no Fringe (Mostra Paralela), e quase duas dezenas na Mostra Oficial – em 2006, com o cancelamento de O Amor Imortal de Antonio e Cleópatra, foram 18 títulos.
"Esta foi a segunda vez na História do Festival que uma peça da Mostra Oficial foi cancelada", falou Victor Aronis. "E foi um festival em que o público começou a comprar ingressos mais tarde, o que fez com que ficasse mais difícil marcar sessões extras de espetáculos da Mostra Oficial que tiveram ingressos esgotados".
O plano é que os números do Fringe sejam mantidos em 2007 – cerca de 200 espetáculos, 40% deles procedentes da capital paranaense. Para Aronis, o que mudou na Mostra Paralela desde sua inclusão no evento, em 1997, foi uma melhor adequação dos espetáculos aos perfis de público dos locais de apresentação.
"O Festival assumiu esta responsabilidade de estruturar o Fringe, que, inicialmente, deveria acontecer de forma espontânea", afirma. "Agora, tentamos dividir a responsabilidade com os administradores de cada espaço. Recebemos todos os projetos, analisamos as propostas e selecionamos o que pode fazer parte da programação. A partir disso, deixamos a cargo deles a segunda seleção".
O Festival de Teatro de Curitiba – Edição 2006 começou no dia 16 de março, com uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Paraná, e terminará no próximo domingo, dia 26 de março. Além dos espetáculos da Mostra Oficial e do Fringe, o evento também apresentou oficinas, workshops, lançamentos de livros e eventos especiais.