O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) quer receber diretamente do empresário Bernardo Paz, criador do Museu Inhotim, e do Grupo Itaminas, que fundou, a dívida tributária que o conglomerado tem com o Estado.
A negociação em andamento, à qual a Promotoria é contrária, prevê a utilização de 20 obras do museu para pagamento do débito, estimado em R$ 471 milhões e reduzido para R$ 111,7 milhões, depois de adesão do grupo a programa de recuperação fiscal. Inhotim e a Advocacia-Geral do Estado (AGE) defendem o acordo.
Conforme o Estado mostrou no sábado, 23, o último dos três laudos de avaliação das 20 obras apontou que as peças valem US$ 110,1 milhões. A perícia foi feita por técnicos indicados pela Justiça. A promotora de Defesa do Patrimônio Público, Elisabeth Cristina dos Reis Villela, disse, em e-mail enviado nesta terça, 26, causar “estranheza e perplexidade ao MP, a insistência na homologação do acordo”.
Para a promotora, “é totalmente temerário homologar qualquer acordo antes de ter informações concretas sobre a atual situação financeira do Grupo Itaminas.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.