Nesta quinta-feira, 13, jurados foram ouvidos sobre o julgamento do produtor de cinema Harvey Weinstein, no tribunal de Nova York (EUA). Weinstein, de 67 anos, enfrenta acusações assédio, agressão sexual e estupro por mais de 80 mulheres, incluindo as atrizes Salma Hayek e Angelina Jolie. As denúncias estão atreladas à origem do movimento #MeToo, iniciado em 2017.

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No entanto, ele responde judicialmente apenas por dois caos: por violentar a atriz Jessica Mann em 2013 e por agredir sexualmente a ex-assistente de produção Mimi Haleyi em 2006.

Os advogados de Weinstein chamaram testemunhas que levantaram dúvidas sobre o testemunho dos acusadores e trouxe uma especialista que falou sobre memórias que ficam confusas com o tempo. A defesa ofereceu um argumento de que o caso da promotoria é “conto sinistro”, além de alegações como “arrependimento renomeado como estupro.”

Agora, os promotores procuram focar a atenção do júri nos acusadores que testemunharam suas situações angustiantes alegando estupros, sexo oral forçado, masturbação e proposições indecentes. Várias mulheres testemunharam que Weinstein ignorou pedidos de “não, não, não”, pois ele as agrediu.

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A tarefa da acusação tem sido complicada porque as vítimas não abandonaram Weinstein após os supostos encontros. Um psicólogo que testemunhou pela acusação disse que na maioria dos casos de agressão sexual as vítimas continuam tendo contato com o agressor. No entanto, a defesa aproveitou o contato contínuo e confrontou algumas acusadoras sobre e-mails cordiais e outras comunicações que trocaram com Weinstein, por meses após os supostos ataques.

A promotora adjunta Joan Illuzzi-Orbon deve entregar as declarações finais nesta sexta-feira, 14. Ela é procuradora de longa data na Promotoria de Manhattan e uma veterana de casos de alto nível.

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Se Weinstein for considerado culpado pelos crimes dos quais é acusado, o ex-poderoso produtor de filmes enfrentará uma sentença máxima de prisão perpétua. Ele está em liberdade condicional após o pagamento de uma fiança de US$ 1 milhão após se declarar inocente em audiência preliminar, em julho de 2018.

Toda a repercussão do caso tem inspirado filmes e espetáculos. No ano passado, o cineasta Brian de Palma declarou que desenvolveu roteiro para um filme que narra história semelhante de assédio por parte de um produtor de cinema.

O dramaturgo e diretor David Mamet escreveu a peça Bitter Wheat na qual o ator John Malkovich protagoniza o papel de um chefe de estúdio de Hollywood caído em desgraça, claramente inspirado no caso Weinstein.