Projetos coletivos viabilizam arte em Curitiba

O artista é aquele que vive em constante inquietação, sempre na busca. Na busca de respostas, abertas, mas respostas. Na busca de idéias, mas também meios de torná-las vivas. Fazer arte é muito mais que fabricar um produto. É entender todo o processo e suas ramificações. Além de ação é recepção. Prova disso é o que faz o coletivo do Couve-Flor. Artistas -individuais – de diversas áreas, origens e interesses, que trabalham juntos para viabilizar a arte. Atualmente, eles estão com dois projetos. Um deles é o Corpomeiolíngua. O outro é o Bife.

No coletivo, Ricardo Marinelli, Neto Machado, Elizabete Finger, Stephany Mattanó, Cristiane Bouger, Gustavo Bitencourt e Michelle Moura. Todos artistas: uns das letras, outros da dança, outros ainda do teatro. Os três primeiros são os criadores do projeto Conexões Artes Visuais/Dança: Corpomeiolíngua. Os trabalhos já começaram e vão até o próximo dia 16. A próxima atividade será amanhã, às 16h, no Solar do Barão – a segundo mostra comentada de vídeo.

Corpomeiolíngua é um projeto que materializa um antigo desejo de ?concretizar os laços entre a dança contemporânea e pessoas e idéias das artes visuais?. ?Há tempos que percebemos vieses das artes visuais no nosso trabalho. A idéia é, com esse projeto, entender melhor como as coisas se imbricam, se conectam?, explica Ricardo. Como não poderia fazer sozinho, o coletivo Couve-flor chamou outros coletivos para falar dessas conexões. ?O Coletivo E/Ou, de artes visuais, e o Núcleo de Estudos da Fotografia?, completa.

É um projeto que trabalha em três ramos, para debater os limites da conexão entre o que é artes visuais e o que é dança. Como explicam Ricardo e Neto, o primeiro ramo é o das cinco mostras de vídeo -até o dia 8. ?É uma seleção de obras, vídeos, e registros de arte performática que serão exibidas, comentadas e debatidas. Uma mostra propositalmente itinerante?, esclarecem. O segundo ramo é o da mostra ao vivo, de ações performáticas, nos dias 15 e 16. Começa às 19h, na Praça Santos Andrade e segue para o Cafofo Couve-flor, na rua Presidente Faria, 266. ?Uma maneira de observar na prática a conexão?, comentam.

O último ramo do projeto é que, como completam os artistas, ?disso tudo sairá uma publicação: um caderno sobre o que foi discutido nas mostras, sobre a conexão entre artes visuais e dança?. Como afirma Neto, ?os objetivos desse projeto são aprofundar essa discussão e, além disso, difundi-la?. ?Para quem produz é claro, mas precisamos deixar isso claro para as outras pessoas?, diz.

Bife

Este outro trabalho é um espetáculo de dança de Gustavo Bitencourt, com a ajuda de vários outros artistas. Estreou ontem e vai até o dia 9, sempre às 20h, no teatro Reikraus Benemond, na praça Tiradentes.

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