Projeto leva livro eletrônico para bibliotecas

Democratizar o acesso ao livro, ao conhecimento, de uma maneira inteligente, econômica e muito mais eficiente. Este é o objetivo da E-papers (www.e-papers.com.br), editora virtual, que desenvolveu o projeto batizado de Livro Eletrônico. O projeto, que conta com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), tem como foco principal as bibliotecas universitárias brasileiras e instituições que oferecem ensino a distância.

A E-papers Serviços Editoriais é uma editora virtual especializada em publicações acadêmicas e técnico-científicas, nascida e graduada na Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ. Dedicada a difundir o conhecimento gerado nas universidades e instituições de pesquisa do Brasil, a E-papers utiliza a internet como veículo de divulgação e distribuição de livros, revistas, papers e outros. A E-papers edita o livro (em todas as etapas de uma editora tradicional: revisão, diagramação, ISBN, ficha catalográfica, etc.) e publica o livro em versão impressa (produzida no sistema just-in-time) e eletrônica (um fac símile da versão impressa no formato PDF).

Depois do sucesso da versão eletrônica entre pessoas físicas (a empresa tem sete anos de vida), a E-papers se prepara para dar um passo bem maior e colocar o conhecimento à disposição de milhares de pessoas por meio de um projeto pioneiro. ?Nós queremos democratizar o acesso aos livros, ao conhecimento. E a melhor maneira e a mais eficiente, a meu ver, é por meio do livro eletrônico. Queremos disponibilizar esses livros não só para pessoas físicas, mas, principalmente, para as bibliotecas universitárias. E já estamos recebendo solicitações de instituições que ministram cursos a distância e precisam, fundamentalmente, de versões eletrônicas para atender a seus alunos. Acreditamos que esta seja uma tendência no Brasil, e que o número de pedidos aumente exponencialmente?, diz Ana Cláudia Ribeiro, dona da E-papers e autora do projeto.

Como funciona

Em uma iniciativa original, a E-papers sofisticou o sistema de controle de acesso ao arquivo para possibilitar a venda a pessoas jurídicas (múltiplos usuários) sem prejudicar o direito do autor. Em princípio, serão beneficiadas mais de 900 bibliotecas universitárias cadastradas no banco de dados das Bibliotecas de Instituições Brasileiras de Ensino Superior (Bibes) e muitas outras de empresas.

?Queremos chegar a todo o Brasil, e primeiramente aos cursos das universidades que já têm EAD. Nossa estimativa é dobrar o volume de vendas de versões eletrônicas nos primeiros seis meses de uso?, estima Ana Cláudia Ribeiro.

O trabalho da E-papers é uma oportunidade única de democratização da cultura em um país de dimensões continentais. ?É um projeto de inclusão social. Imagine o que pode mudar na vida de um estudante que está nas regiões mais pobres do Brasil? Ele está a um clique de uma fonte inesgotável de conhecimento. Este é o nosso grande objetivo. É mais do que isso, é a nossa missão?, afirma Ana Cláudia Ribeiro.

Custos

Por meio da editora virtual é possível otimizar os custos de publicação utilizando sistemas de impressão sob demanda e também de comercialização, criando uma forma eficiente de distribuição do conhecimento. ?Temos livros de todos os preços. Em média, um livro eletrônico custa 50% menos que um livro tradicional?, explica Ana Cláudia Ribeiro, que já vendeu livros do Amapá ao Japão.

Em uma editora convencional fica muito caro fazer uma tiragem abaixo de mil exemplares, devido aos custos de produção e distribuição. Na E-papers não há mínimo, nem máximo. É livre. Pode-se fazer a quantidade que quiser. Sem contar que o livro é inesgotável e qualquer modificação/atualização pode ser feita rapidamente de maneira muito eficiente e barata. Recurso fundamental para um século em que a informação chega de maneira tão veloz.

?Com o Livro Eletrônico estaremos presentes nas bibliotecas universitárias de todo país, vamos baratear a produção, crescer exponencialmente o acesso ao conhecimento, diminuiremos o problema de espaço em estantes que estas instituições possuem e ainda ajudaremos a melhorar um problema seriíssimo, que é a pirataria. Não tenho dúvidas que o Livro Eletrônico chegou para ficar?, finaliza Ana Cláudia Ribeiro. 

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